O juiz Sergio Moro recebeu dois ofícios que comprovam que o magistrado sabia, e portanto autorizou, que um dos telefones grampeados pela Operação Lava Jato pertencia ao escritório de advocacia Teixeira Martins e Advogados, de São Paulo. O juiz enviou ofício ao Supremo Tribunal Federal (STF) no qual afirma desconhecer o grampo em seu escritório e que tinha conhecimento somente do grampo em seu celular.

O portal Conjur postou os ofícios, datados de 23 de fevereiro e 7 de março. Ainda de acordo com os documentos, a operadora de telefonia responsável por fazer a quebra de sigilo discrimina todos os números interceptados. O nome e o endereço do escritório de Roberto Teixeira, advogado do ex-presidente Lula, constam na titularidade da linha, segundo o jornal Gazeta do Povo.

O grampo no escritório de advocacia interceptou conversas de 25 advogados com pelo menos 300 clientes da banca, além de telefonemas internos. A Ordem dos Advogados do Brasil questionou a atitude de Moro, pois conforme o Estatuto da Advocacia, é direito dos profissionais a inviolabilidade de seu escritório e instrumentos de trabalho, além de suas comunicações com clientes.

 

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