O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, disse nesta segunda-feira que será inevitável a revisão extraordinária de tarifas para algumas distribuidoras de energia, por conta do aumento dos gastos com a compra de energia de Itaipu e com a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).
Segundo Rufino, não há previsão de o Tesouro Nacional fazer aportes na CDE neste ano, apesar de no orçamento da União constar que a conta receberia 9 bilhões de reais.
Sem o aporte, o repasse à CDE a ser cobrado das tarifas dos consumidores aumentará, mas Rufino não deu uma estimativa de qual deve ser o patamar de aumento nas contas de luz ao longo do ano.
“Não consigo ainda fazer essa projeção, mas o que for necessário fazer em termos de reajuste ou de revisão extraordinária será feito”, disse Rufino, após participar, juntamente com o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, de reunião com a presidente Dilma Rousseff.
Essa reformulação dos gastos da CDE faz parte da “solução estruturante” para o setor que foi pedida pelo Ministério da Fazenda para negociar um último empréstimo junto ao setor bancário para ajudar as distribuidoras a quitarem suas contas.
O ministro de Minas e Energia confirmou que o governo negociará esse empréstimo, de 2,5 bilhões de reais, com os bancos.