Amazonas reduz em 22% o número de mulheres vítimas de crimes violentos, aponta MJSP

O Amazonas, por meio da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) e Polícia Militar do Amazonas (PMAM), reduziu em 22% o número de mulheres vítimas de crimes violentos em 2022, conforme dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), do Governo Federal. A redução é maior que a média nacional, que foi de 8%, e está entre os dez com melhora no índice, entre todas as 27 Unidades da Federação.

Os dados constam no painel disponibilizado pelo MJSP, que agrupa dados com a temática Mulheres e Segurança Pública. O dispositivo destaca, dentre outras informações, a diminuição da vitimização de mulheres em 2022, em comparação com o ano anterior.

De acordo com os dados, o Amazonas está entre os dez estados brasileiros, que apresentaram melhora no indicador de crime violento. A redução do estado foi de 22%, considerado maior que a média nacional, que registrou queda de 8% em relação a 2021.

Já entre os estados da região Norte, o Amazonas está entre os três com melhora nesses indicadores, ficando apenas atrás dos estados do Amapá (-65%) e Tocantins (-51%).

O resultado positivo é reflexo dos investimentos na segurança pública durante os últimos anos, a partir do programa Amazonas Mais Seguro, lançado em 2021, pelo Governo do Amazonas. Com o programa, foi modernizado o aparato de segurança pública no estado, com mais armamento, munições, viaturas e equipamentos, além de medidas para valorização e ampliação de recursos humanos.

Esses investimentos possibilitaram maiores ações da rede de proteção às mulheres formada pelas Delegacias Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCMs), da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), e pela Ronda Maria da Penha, da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), que fazem esse acompanhamento.

A delegada Débora Mafra, titular da DECCM centro sul, destacou que esses números são reflexo de um trabalho árduo realizado por toda esfera da segurança pública no combate à violência contra as mulheres no estado. Ela também ressalta o encorajamento das mulheres na realização de denúncias.

“Isso é um progresso muito grande para todas nós mulheres, saber que em nosso Estado tivemos redução das mortes violentas. A gente sabe que um dos motivos é o aumento das denúncias dos crimes no âmbito da violência doméstica, porque o feminicídio é decorrente dessa violência. Ressalto aqui o investimento realizado pelo Governo do Estado no quesito de segurança pública, pois tem nos dado todas as ferramentas para trabalhar de forma preventiva e repressiva”, enfatizou.

Outro mecanismo de destaque é o Ronda Maria da Penha, da Polícia Militar do Amazonas. A unidade, comandada pela major Jorgeanny Nogueira, é especializada no atendimento à mulher em situação de violência, sendo sua principal missão a fiscalização das Medidas Protetivas de Urgência.

“A Ronda Maria da Penha sem dúvida é um dos principais mecanismos do Estado em defesa da vida da mulher, visto que estamos em contato direto com a vítima e sua família, dissuadindo e reprimindo o descumprimento da Ordem Judicial e encaminhando a mulher em situação de violência à rede de proteção.

Ainda segundo a comandante as ações preventivas, geralmente através de palestras ajuda a divulgar a Lei Maria da Penha e sanar as dúvidas das mulheres que vivenciam um relacionamento abusivo e passam por um ciclo de violência doméstica, esclarecendo não apenas as vítimas, mas a sociedade de uma forma geral com vista a promover uma mudança cultural, uma vez que a violência doméstica não é um problema restrito ao âmbito familiar, devendo ser tratado como um problema social e de saúde pública.

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