A intensificação do sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (Viva) no Amazonas continua avançando por meio de estratégias que fortalecem o fluxo da notificação realizado em ação interinstitucional. Uma programação realizada pela Secretaria de Estado de Educação e Desporto (Seduc), por meio da Coordenadoria Distrital de Educação 7 (CDE 7), realizada na quinta-feira (22/06), contou com oficina para instrumentalizar as equipes gestoras das escolas para atuação qualificada na Rede de Proteção de Crianças e Adolescentes.
Para contribuir com a ação, a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), participou da iniciativa que contou com gestores de escolas da CDE 7 da Seduc.
Durante a oficina, os gestores tiveram a oportunidade de conhecer mais sobre o fluxo de notificação da violência contra crianças e adolescentes identificados nas unidades de ensino, receber orientações sobre como realizar as notificações e esclarecer dúvidas sobre o processo.
Cassandra Torres, coordenadora da Viva na Gerência de Vigilância de Doenças e Agravos Não-Transmissíveis (GVDANT) da FVS-RCP, destaca que a iniciativa fortalece a ação interinstitucional entre Saúde e Educação.
“Essa é uma iniciativa que oportuniza a formação dos educadores sobre o correto preenchimento da Ficha de Notificação de Violência, vez que o POP (Procedimento Operacional Padrão) da educação já estabelece a notificação dos casos suspeitos ou confirmados de violência revelados no ambiente escolar pelos estudantes. Essa ação também fortalece a rede de proteção à criança e ao adolescente.”, enfatiza a técnica.
A coordenadora do CDE 7, Mirian Verdes, destaca que essa oficina contribui para capacitar os gestores a identificarem e notificarem os casos de violência nas escolas. “É importante que os gestores estejam preparados para lidar com essas situações, as quais podem exigir um atendimento diferenciado e uma abordagem especial na documentação, para garantir que as notificações sejam feitas corretamente”, comenta.
Para Alexandre Costa, gestor da Escola Estadual Professora Haydée Cabral Lyra, é importante que a escola esteja preparada para notificar os casos de violência, em conjunto com as ações educativas já realizadas.
“É necessário conhecer o processo de notificação e o de preenchimento da ficha de notificação, para que, caso seja identificado um caso, ele seja devidamente notificado, permitindo a adoção das medidas necessárias para preservar a integridade da criança”, disse Alexandre.
Jaspe Vale, gestor da Escola Estadual Ana Neire Marques da Silva, ressalta que as informações e dados fornecidos pela Viva são esclarecedores e contribuem para aumentar o conhecimento sobre o tema e aplicá-lo na rotina escolar.
“Como responsáveis pela instituição, devemos ser detentores desses conhecimentos para saber como proceder diante de ocorrências que possam acontecer no contexto da escola”, pontua o gestor.
Vigilância de Violência e Acidentes
Instituído pelo Ministério da Saúde por meio da portaria nº 1.356/2006, o sistema Vigilância de Violências e Acidentes (Viva) tem por objetivo conhecer a magnitude e a gravidade das violências e acidentes, para fornecer subsídios para definição de políticas públicas, estratégias e ações de intervenção, prevenção, atenção e proteção às pessoas em situação de violência.
A vigilância de Violências e Acidentes é realizada no Amazonas pela Gerência de Doenças Crônicas e Agravos Não-Transmissíveis (GVDANT), do Departamento de Vigilância Epidemiológica (DVE) da FVS-RCP.