Em abertura do G20, Lula lança Aliança Global contra a Fome; Argentina não adere

O presidente Lula na abertura da cúpula do G20 (Foto: Reprodução).

Nesta segunda (18/11), o presidente do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, abriu a cúpula do G20, o grupo das vinte maiores economias do mundo, ao receber os líderes que vieram para a reunião no Rio de Janeiro. A primeira atividade, às 10h, tratou de inclusão social e da luta contra as desigualdades, com destaque para o lançamento da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza.

Até o último domingo (17/11), 81 países tinham aderido ao programa, aumentando, em muito, o número que nações que haviam se juntado à iniciativa até a sexta-feira (15). Outros países são bem-vindos à Aliança: o Brasil espera que o número final se aproxime de 100.

Em seu discurso, Lula reafirmou que a fome no planeta, hoje em dia, é uma questão política. Ele disse:

“O mundo está pior. Temos o maior número de conflitos armados desde a Segunda Guerra Mundial. Os fenômenos climáticos extremos mostram seus efeitos devastadores em todos os cantos do planeta.

Em um mundo que produz quase 100 bilhões de toneladas de alimentos por ano, isso é inadmissível. Em que os gastos de guerra ultrapassam trilhões, é inaceitável. A fome, como dizia Josué de Castro, é expressão biológica dos males sociais, é fruto de decisões políticas. O G20 representa 85% do PIB mundial”.

Ele continuou:

“Compete, aos que estão aqui, a inadiável tarefa de acabar com essa chaga que envergonha a humanidade. Este será nosso maior legado, não se trata apenas de fazer justiça, é uma condição imprescindível para construir mais prosperidade e paz”.

Esse é o último ato do Brasil à frente da liderança rotativa do bloco, que passará a ser presidido pela África do Sul.

Até o momento, a Argentina é o único dos países do G20 que não aderiu à Aliança. Sob a presidência de Javier Milei, a Argentina tem adotado posturas dissonantes nos fóruns multilaterais (onde países tomam decisões em conjunto, como agências da ONU). No G20, a Argentina apresentou obstáculos nas negociações da declaração final de líderes.

Antes disso, nas reuniões prévias, foi o único país que se recusou a assinar dois documentos: um sobre igualdade de gênero e outro que aborda o desenvolvimento sustentável.

*Com informações de Metrópoles e UOL

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