A prisão de cartolas em Zurique e a renúncia de Joseph Blatter do comando da Fifa destapou uma série de escândalos e ameaças. Ontem, acusado de receber propinas, o vice-presidente da Fifa, Jack Warner, acusou Blatter e prometeu revelar um “avalanche” de escândalos. Enquanto isso, a Irlanda admitiu que Blatter os pagou 5 milhões de euros para dar um ponto final à crise aberta depois da eliminação da seleção para a Copa de 2010 por um gol irregular.
Pressionado a deixar o cargo imediatamente, Blatter publicou uma foto nas redes sociais trabalhando e insistiu que já começou o processo de reforma da Fifa.
Mas a pressão por sua demissão imediata é grande. “Tirei as luvas. Não há mais como voltar atrás. Com 72 anos, não vou me calar”, declarou Warner. Ele foi detido na semana passada à pedido do FBI. Mas acabou sendo solto por sua polícia local de Trinidad e Tobago, que aceitou o argumento de que ele estava com “problemas de saúde”. Durante a noite, em uma entrevista a uma televisão de seu país, ele garante que não vai ser condenado sozinho. Warner informou que produziu documentos, e-mails e até cheques.