Os juros para o cheque especial atingiram, em julho, a maior taxa média desde novembro de 1995. Segundo levantamento da Fundação de Proteção de Defesa do Consumidor de São Paulo (Procon-SP), os juros para essa modalidade de crédito ficaram em 11,49% ao mês, um crescimento de 0,33 ponto percentual em relação aos valores cobrados em junho (11,16%).
Em novembro de 1995, a taxa média para o cheque especial era 11,71% ao mês. A alta em julho foi puxada pelos reajustes feitos por cinco dos sete bancos pesquisados. O HSBC subiu de 12,66% para 13,21% ao mês, o Bradesco de 10,8% para 11,26%, o Itaú de 10,64% para 11,29%, o Banco do Brasil de 10,34% para 10,53% e a Caixa Econômica de 9,52% para 9,99%.
A taxa média do empréstimo pessoal subiu 0,08 ponto percentual em comparação com junho e ficou em 6,23% em julho. O valor é o maior desde dezembro de 2008, quando os juros médios cobrados para essa forma de crédito era de 6,25% ao mês.
A pesquisa foi feita no dia 2 de julho com o Banco do Brasil, o Bradesco, a Caixa Econômica Federal, o HSBC, o Itaú, o Safra e o Santander. Foram consideradas as taxas máximas pré-fixadas para contratos de 12 meses, no caso do empréstimo pessoal, e um mês, em relação ao cheque especial.
No início de junho, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) elevou a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual. Atualmente a taxa está em 13,75% ao ano. O Procon alerta que a tendência é que os juros sofram novo reajuste na próxima reunião do comitê, marcada para o fim de julho.
A Caixa Econômica informou que o reajuste foi feito devido ao aumento da taxa Selic, mas que “mantém posicionamento estratégico de estar entre as melhores taxas do mercado”, destacou. Já o Bradesco disse que não vai comentar o resultado da pesquisa do Procon.