As autoridades mexicanas anunciaram hoje (2) terem encontrado, no norte do país, uma vala comum com cerca de 31 mil fragmentos de ossos correspondentes a pelo menos 31 corpos, de acordo com ativistas de direitos humanos.
A vala foi encontrada em um sítio na cidade de Salinas Victoria, a cerca de 35 quilômetros de Monterrey, informou Priscila Rivas, porta-voz das autoridades judiciárias do estado de Nuevo Léon.
As autoridades investigaram o local, após “depoimentos de criminosos detidos e informações fornecidas por vítimas”, afirmou. A porta-voz não quis precisar quantos fragmentos de ossos foram desenterrados, nem a quantos corpos podem corresponder.
No entanto, Consuelo Morales, dirigente de um grupo de defesa dos direitos humanos, disse que as autoridades comunicaram à organização terem desenterrado 31 mil fragmentos de ossos, desde que encontraram a vala, há vários meses. “Já foram identificados os perfis genéticos de 31 pessoas. Foi o que o procurador nos disse”, acrescentou Morales, cuja organização apoia familiares de pessoas desaparecidas.
Consuelo Morales disse que sua organização tinha informado, em janeiro, às autoridades sobre a existência de uma vala comum ilegal neste sítio, identificado como “As abelhas”. As autoridades isolaram a zona e mantêm as buscas para encontrar outras ossadas e tentar identificar as vítimas, através de objetos e roupas.
De acordo com a ativista, os fragmentos de ossos encontrados até o momento foram levados ao Hospital Universitário de Monterrey, onde passam por análises de DNA.
Os cartéis de droga mexicanos enterram com frequência suas vítimas em valas comuns. Em 2013, uma vala comum ilegal com 64 corpos foi encontrada entre os estados de Jalisco e Michoacan. O estado de Nuevo Léon é palco, há vários anos, de uma guerra sangrenta entre vários cartéis.
Milhares de pessoas foram assassinadas no México e 20 mil foram dadas como desaparecidas desde a intensificação, em 2006, da guerra entre estes grupos criminosos.