Vídeo mostra desespero de um homem com o pé atravessado por ferrão de arraia

As imagens capturadas em vídeo e publicadas em janeiro deste ano, no youtube, são indescritíveis. As imagens são bizarras e mostram o desespero de um homem com o pé atravessado por um ferrão de uma arraia fluvial traspassado de dor.

https://www.youtube.com/watch?v=r39q5bCC72A

Conheça mais sobre ferrão de arraia
Testes realizados por equipe do Laboratório de Imunopatologia do Instituto Butantan mostraram que o venenos da arraia fluvial provoca inchaço e dor intensa. Só a penetração do ferrão, aliás, já causa um ferimento profundo que arde como fogo. Mas é o veneno que contribui para que a dor, comparável à de uma facada, estenda-se por até 24 intermináveis horas.

Com quase 10 centímetros de comprimento, o ferrão da arraia fluvial é uma estrutura óssea em forma de faca serrilhada, recoberto por um tecido glandular que se rompe na ferroada e libera o veneno no organismo da vítima.

Para avaliar os efeitos de uma ferroada, a equipe de Cristina Barbaro, do Laboratório de Imunopatologia do Instituto Butantan, aplicou doses iguais de veneno de cada uma dessas espécies em grupos diferentes de camundongos.

Um dia após injetar o veneno da arraia fluvial em quatro camundongos, só dois continuavam vivos. No segundo dia, todos estavam mortos. Já os roedores que haviam recebido o veneno da arraia-bicuda sobreviveram.

Os testes mostraram ainda que os venenos de ambas as espécies provocam inchaço e dor intensa. Só a penetração do ferrão, aliás, já causa um ferimento profundo que arde como fogo. Mas é o veneno que contribui para que a dor, comparável à de uma facada, estenda-se por até 24 intermináveis horas.

Não bastassem esses efeitos nada agradáveis, o veneno da arraia fluvial, também, causa a morte do tecido (necrose) na região da ferroada, além de lesão muscular.

Em geral são necessários até três meses para a cicatrização completa do ferimento. Kátia também notou que o veneno da Potamotrygon falkneri parece se espalhar mais facilmente no organismo. É que um de seus componentes é a enzima chamada hialuronidase, que ajuda a dispersão das toxinas. A hialuronidase dissolve um composto gelatinoso – o ácido hialurônico – que mantém unidas as células dos tecidos.

Estudando a morfologia do ferrão e o tecido que o envolve, a equipe do Butantan, com o auxílio de pesquisadores do Laboratório de Biologia Celular, constatou que a arraia de água doce também pode liberar maior quantidade de veneno em uma ferroada porque seu ferrão é todo recoberto por tecido glandular – produtor de veneno. Já no ferrão da arraia marinha o tecido glandular restringe-se a apenas dois pontos.

Marcela da Silva Lira, bióloga do grupo de Kátia, tenta atualmente produzir um soro capaz de combater a atividade do veneno da arraia de água doce e reduzir seus efeitos. Embora ainda não se tenha chegado ao antídoto, há uma boa notícia. Nos testes feitos no Butantan, o veneno da Potamotrygon e o da Dasyatis estimularam o organismo de coelhos a produzir anticorpos. “É um sinal de que o soro pode neutralizar o veneno das arraias, diz Kátia.

Fonte/revistapesquisa.fapesp.br

Artigo anterior“Dilma vendeu a alma ao diabo”, afirma FHC
Próximo artigo“Macaco” é preso no Cacau-Pirêra tráfico de drogas, homicídio e ocultação de cadáver