Três dias depois que Polícia Federal (PF), deflagrou a “Operação La Muralla” e mandou 17 integrante da organização criminosa Família do Norte (FDN), para presídios federais, detentos que cumprem pena no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), iniciaram um motim, com tentativa de fuga, na manhã desta segunda-feira, 23.
Consta que policiais militares da guarda externa conseguiram prender alguns detentos que se encontravam no telhado do presídio, armados com pistolas, prontos para a fuga.
A informação é de que o primeiro da lista a morrer seria o condenado por tráfico de drogas, o ex-policial militar Moacir Jorge Pessoa da Costa, o “Moa”, que foi retirado do Compaj.
Pedro Florêncio, secretário de Estado de Administração Penitenciária informou que os presos se revoltaram porque, devido a “Operação La Muralla”, deflagrada na sexta-feira, não foram liberados para sair das celas.
De acordo com o secretário, os detentos ficariam nas celas somente nesta segunda-feira e os atendimentos médicos seriam feitos nas próprias celas. Consta, ainda, que os detentos não poderiam ter acesso a outras dependências do presídio como, por exemplo, a quadra poliesportiva, fato que teria revoltado os presos.
Para o secretário, a transferência dos líderes da FDN, como “Zé Roberto da Compensa”, não foi o motivo do motim.
Policiais militares do Batalhão de Choque e Ronda Ostensiva Cândido Mariano (ROVAM), foram deslocados ao local e o ramal que dá acesso as unidades prisionais foi bloqueado.