Depois de três noites de festa, emoção e superação, o boi vencedor da 51ª edição do Festival de Parintins será anunciado hoje (27). A apuração das notas dos sete jurados está marcada para as 11h, horário local, no bumbódromo. Foram três dias de festa, com o bumbódromo cheio.
A diversidade cultural da amazônia foi representada na arena com alegorias, músicas, personagens, iluminação e vestimentas. A terceira e última noite ficou prejudicada por causa da crise econômica, que deixou o festival sem as verbas do governo do Amazonas. As alegorias das duas primeiras noites foram reaproveitadas e apenas 7, dos 21 itens, foram avaliados.No entanto, o Festival da Superação, como foi chamado este ano, não deixou nada a desejar para quem conferiu e organizou as apresentações.
O boi que leva uma estrela na testa, o Caprichoso, homenageou a cidade que é berço do festival, com o tema Viva Parintins. Em cada noite, a ilha tupinambarana foi enaltecida, um dia ressaltando seu folclore, em outro a floresta e, por último, o seu povo. O bumbá azul encerrou as duas primeiras noites e fez a abertura do último dia do evento nesse domingo (26).
Joilto Azêdo, presidente do Boi Caprichoso, que fez a abertura da última noite, avalia que a apresentação desse domingo superou as anteriores pela emoção. “O Caprichoso fez nos dias 24 e 25 duas grandes apresentações com os 21 itens. Hoje, novamente, o Caprichoso, apesar de só ter sete itens que disputava, fez uma evolução tão boa quanto ns dias 24 e 25, até porque precisávamos que a nossa galera se emocionasse, como se emocionou hoje. A gente precisava fazer essa grande apresentação. Nós temos a certeza, e com a ajuda de Deus, nós vamos ter esse bi tão sonhado”, afirmou Joilto.
A emoção também foi a marca da última apresentação do bumbá vermelho, o Garantido. O boi que carrega um coração na testa, celebrou os antepassados, a tradição e a fé do povo de Parintins e o folclore da Amazônia. Para o representante do Comitê de Arte do Garantido, Fred Góes, a arte superou a crise econômica.
“Eu acho que a crise econômica não tem nada a ver com arte. A arte não pára. A arte, com dinheiro ou sem dinheiro, tem que ser executada. A verdade é essa, a arte vem da alma. O dinheiro vem da força do trabalho, que é válido, mas a arte é feita com a alma, ela vem do coração. Então, essa arte não pode sucumbir a qualquer pressão econômica”,
O Festival Folclórico de Parintins foi encerrado com a apresentação do Boi Garantido por volta da 1h30 de hoje.