O empresário Ivo José Caetano Filho, 45, foi preso numa ação conjunta de policiais civis do 16º e 19º Distritos Integrados de Polícia (DIPs) em cumprimento a mandado de prisão expedido por estelionato no dia 20 de janeiro deste ano, pela juíza Andrea Jane Silva de Medeiros, da 5ª Vara Criminal.
De acordo com a delegada do 16º DIP, Alynne Lima, as equipes de investigação das unidades policiais interceptaram o infrator na tarde da última quinta-feira (26), por volta das 15h, em via pública, no momento em que o empresário retornava para a casa onde morava, na Avenida Brasil, bairro Compensa, Zona Oeste de Manaus.
A delegada informou que o homem seria dono de uma empresa que administrava condomínios de luxo nas zonas Centro-Sul e Oeste da capital e que, em função disso, teria agido de má-fé, desviando dinheiro dos fundos de reserva e giro de capital das edificações residenciais.
“O síndico de um condomínio de luxo localizado no Conjunto Morada do Sol, no Aleixo, procurou a Polícia Civil para denunciar o empresário por desvio de dinheiro. Durante as investigações conseguimos constatar a fraude na conta do condomínio, administrado pela empresa de Ivo. Esse dinheiro desviado deveria ser usado para pagamentos de contas como água, luz, jardinagem, segurança e manutenção. Como ele tinha acesso à conta do condomínio no banco, todo mês ele transferia, para uma conta pessoal, uma significativa quantia. Só desse condomínio ele desviou, aproximadamente, R$ 250 mil”, explicou Lima.
Danilo Bacarin, do 19º DIP disse que o síndico de um condomínio localizado no bairro Ponta Negra, zona Oeste, procurou os servidores da unidade policial após perceber que havia desaparecido um valor estimado em R$ 700 mil do fundo de reserva e giro de capital da administração do conjunto habitacional.
“O síndico nos informou que tentou fazer contato com o empresário para pedir explicações sobre o ocorrido, mas que após o episódio ele teria deixado de atender às ligações e não retornava os telefonemas. Quando nossa equipe começou as investigações nós identificamos outra ocorrência com o mesmo crime, registrado no 16º DIP. Foi então que planejamos essa ação integrada”, argumentou o delegado.
Bacarin disse, ainda, que o dinheiro arrecadado seria do fundo de reserva que poderia ser usado em casos de urgência dos condomínios. “Ele era o dono da empresa e, além das contas, era responsável pela contratação e pagamento dos funcionários. Até o mês de dezembro de 2016 as contas estavam sendo pagas em dia. Água, luz, gás, serviços de jardinagem, segurança e portaria eram os serviços que ele cuidava”, relatou.
Ao longo das investigações, os policiais civis verificaram que os livros administrativos dos condomínios também tinham desaparecido. Trabalhadores que haviam sido contratados foram pagos por taxas extras que os próprios condôminos pagaram para não prejudicá-los. Por conta disso, a delegada Alynne Lima representou à Justiça o pedido de prisão preventiva em nome do infrator.