Polícia Federal enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (19/6) o relatório parcial sobre a investigação contra o presidente Michel Temer (PMDB) e o ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR). O documento aponta que Temer e Loures cometeram crime de corrupção passiva. Além disso, a PF solicitou ao STF uma extensão do prazo para a entrega do relatório final.
Sobre o crime de obstrução da justiça, o qual Temer e Loures também são acusados, a PF pediu mais cinco dias para analisar a incidência, que será feita através da perícia dos áudios apresentados pelo empresário Joesley Batista. Na gravação, Temer supostamente dá o aval para a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, preso e condenado na Lava Jato.
Também é analisada a incidência de organização criminosa na relação entre os dois políticos. Loures foi flagrado carregando uma mala de dinheiro de R$ 500 mil, que a PGR suspeita que teriam como destino o presidente Temer. A data limite para a conclusão da investigação era esta segunda-feira (19) prazo mais curto pelo fato de o ex-assessor especial do presidente Temer, Rocha Loures, estar preso.
Arquivamento
O procurador-geral da República Rodrigo Janot negou nesta segunda (19/6) o pedido da defesa de Michel Temer para arquivar o processo analisado pela PF. Os advogados do presidente alegaram que não havia indícios “mínimos necessários” para o andamento do inquérito.
Janot afirmou que vai aguardar a conclusão do relatório da PF para se aprofundar na questão. “Assim, considerando que os autos do inquérito ainda não aportaram a esse Tribunal — já que ainda não foi finalizado o prazo assinalado, a Procuradoria-Geral da República aguardará o recebimento das peças de informação para analisá-las, juntamente com os argumentos aqui expendidos”, escreveu ele. Metropoles