É impressionante como o governador José Melo se assemelha a um velho personagem burlesco do anedotário político de Dias Gomes. José Melo, esse coveiro das boas práticas republicanas e financeiras, em ato patético, na tentativa de ganhar votos para sua “reeleição”, vive a conceder aumentos salariais a serem pagos em duas “prestações” como se fosse um gênio maquiavélico.
Paga uma prestação agora, antes das eleições, e assegura a próxima prestação para depois da posse do governador a ser eleito em outubro/novembro deste ano que, Melo, pretende que seja ele mesmo, num sonho mirabolante desses que só o calor amazônico pode produzir.
Haja paciência!
No seu raciocínio torto, típico destes dias da era da mediocridade, ele dá o aumento, hoje, para posar de “bonzinho”, e deixar o resto da “bondade” – uma espécie de presente de “tróia” – para o próximo governador, que ele sabe não ser ele.
Ser candidato ao governo do estado é um direito seu, assim como de qualquer cidadão no pleno gozo de seus direito políticos.
Agora sair para uma disputa eleitoral com medidas demagógicas e irresponsáveis até do ponto de vista da responsabilidade fiscal “é o fim da picada”, como diria Tom Jobim.