Há mais de dois anos, a servidora da prefeitura de Guajará (AM), Francisca Araújo de Castro, mais conhecida como dona Zão, tem travado incessante e dura batalha para chegar a Manaus e tratar do rins, gravemente comprometidos e ameaçados por grave doença. Como o hospital de Guajará não dispõe do tratamento – cirurgia de angioplastia -, a solução seria o Tratamento Fora do Domicílio (TFD). Infelizmente, até o momento, apesar das idas e vindas à Secretaria de Saúde do Município, não autorizou.
Diante do agravamento da doença com a paralisação do órgão, a paciente procurou o Hospital Regional do Juruá onde foi atendida pelo médico urologista Angelim que constatou o comprometimento total de um rim.
Transferida para a cidade de Rio Branco (AM), Zão permaneceu quatro meses hospitalizada. Os médicos conseguiram obstruir o cisto mas, por falta de tecnologia, a cirurgia não foi realizada.
Zão, então, procurou o prefeito de Guajará, Ordean Gonzaga, para que o mesmo autorizasse o pedido de Tratamento Fora do Domicílio (TFD) solicitado pela médica Ana Maria Padilla, após avaliação dos exames de Ultra-sonografia e Cintilografia.
Em vez de cuidar do problema da paciente, Ordean Gonzaga teria perguntado à ela onde estavam o Armandinho e o Samuel e que em seguida teria feito o seguinte comentário: “o que me irrita e me deixa chateado é que tu votou a vida toda para esses caras e eles te deixaram abandonada. Eles tinham que estar aqui para te dar uma assistência”, continuou o prefeito.
Ordean Gonzaga teria prometido ajudar a paciente com algum valor para as despesas depois que retornasse de uma viagem à comunidade do Gama. Até momento, a ajuda do prefeito continua no plano das promessas.
“Sai do gabinete chorando. Peguei os exames que estavam em cima da mesa dele e sai. Sou uma pessoa que fala a verdade e o que entendi é que não fui atendida pelo prefeito porque não votei nele”, disse chorando.
O Secretário de Saúde de Guajará, Braz Melo, disse que a paciente que deu entrada ao pedido de TFD e garantiu que a mesma será encaminhada e terá todo o apoio e assistência na Casa Apoio, em Manaum, inclusive a medicamentos.
“O serviço de saúde de Média e Alta Complexidade é de responsabilidade do Estado. Vamos resolver esse problema para que ela recupere a sua saúde”, afirmou. Fonte/Fato Amazonico