Na posse, a grande estrela foi Michelle Bolsonaro fazendo discurso em linguagem de sinais.
Hoje, porém, o primeiro gesto do novo ministro da Educação, Vélez Rodriguez, foi acabar com a secretaria que cuida da educação de surdos.
Ainda não se sabe quem cuidará dessas ações – ou se cuidará.
Veja esse trecho publicado hoje pela Folha:
“A atual Secadi (Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão) será desmontada e em seu lugar surgirá a subpasta Modalidades Especializadas. Segundo a Folha apurou, a iniciativa foi uma manobra para eliminar as temáticas de direitos humanos, de educação étnico-raciais e a própria palavra diversidade.
A nova pasta deve continuar a articular as ações de educação especial, de jovens e adultos, educação no campo, indígena e quilombola.
A Secadi foi criada em 2004 com o objetivo de fortalecer a atenção especial a grupos que historicamente são excluídos da escolarização. Segundo descrição das atribuições da secretaria, as políticas orientadas pela subpasta devem considerar “questões de raça, cor, etnia, origem, posição econômica e social, gênero, orientação sexual, deficiências, condição geracional e outras que possam ser identificadas como sendo condições existenciais favorecedoras da exclusão social”.
A Folha lembrou que Bolsonaro, durante a campanha, atacou apolíticas a grupos vulneráveis, o que classificou como coitadismo.