Plantão Brasil – Diante de um pedido para comentar a morte de João Gilberto, o presidente Jair Bolsonaro respondeu em seu estilo.
“[Era] Uma pessoa conhecida. Nossos sentimentos à família, talquei?”
Gênio da música brasileira, João Gilberto morreu neste sábado, aos 88 anos.
MC Reaça recebeu outro tratamento por parte de Bolsonaro: “Tinha o sonho de mudar o país e apostou em meu nome por meio de seu grande talento. Será lembrado pelo dom, pela humildade e por seu amor pelo Brasil.”
O Brasil segue respirando por aparelhos, vitimado por um imbecil orgulhoso de sua imbecilidade.
O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo, disse o seguinte em nota:
Quem viveu essa época, e mesmo quem não a viveu, não esquece a novidade de João Gilberto, nem o seu legado.
O cantor e compositor baiano que se instalou no Rio de Janeiro desencadeou uma revolução musical quando gravou, em 1958, «Chega de Saudade» e «Desafinado». A Bossa Nova, alegre e melancólica ao mesmo tempo, nasceu de uma vontade de, como disse João Gilberto, tirar os excessos, seguir o curso natural das coisas, dar as notas de modo a não prejudicar a poesia.
Uma voz baixa, um violão, uma batida e um sentimento poético-melódico ímpar deram à música popular brasileira um sucesso e um reconhecimento inéditos, concorrendo mesmo, na Europa e nos Estados Unidos, com os êxitos anglo-americanos das décadas do pós-guerra.
E ao lado de João Gilberto esteve toda uma geração de artistas excecionais, como Tom Jobim ou Vinicius de Moraes, enquanto inúmeros outros seguiram o caminho que ele desbravou, em 13 álbuns de originais, discos ao vivo, concertos e colaborações. «Uma vida dedicada a aperfeiçoar a perfeição», como resumiu um dos seus estudiosos.