O ex-governador Amazonino Mendes, agora candidato à prefeitura de Manaus, deve estar se esbaldando de rir com os noticiários que nesta quinta-feira, 08, mostraram o lado oculto, sinistro e perverso do governo Wilson Lima.
Não que o ex-governador tenha sentido qualquer espécie de prazer com o escândalo que culminou com a prisão de seu ex-segurança, capitão PM Alencar e com o envolvimento de outros, como o vice-governador, Carlos Alberto, no espúrio esquema fraudulento que superfaturou a compra de respiradores para o tratamento do covid-19.
“A bronca agora é comigo”, dizia Wilson Lima, em 2018, em tom de deboche, durante toda a campanha eleitoral disputada com Amazonino Mendes, que alertava para o perigo do Amazonas ser governador por alguém sem preparo e experiência para o exercício do cargo.
Um ano e nove meses depois, Wilson Lima é apontado pela Polícia Federal, conforme reportagem do Jornal Nacional, edição de quinta-feira, 08, como chefe do esquema criminoso, nomeando funcionários para cuidar dos contratos superfaturados.
No rastro do chefe do esquema criminoso, em um conjunto de salas do edifício Fórum Business Center, na Av. André Araújo, 97 – Adrianópolis, as impressões digitais do vice-governador, encontradas pela Polícia Federal, não deixam dúvidas da bandidagem de um grupo que atuava para dilapidar os cofres públicos em proveito próprio.
Foi em uma das salas do Fórum Business Center, inclusive, que impeachment de Wilson Lima e de seu vice, envolvidos em corrupção na saúde, conforme deixa claro as investigações, recebeu um balde de água fria.
Lá, justamente no momento mais difícil para o governador Wilson Lima, ameaçado de perder o mandato, o vice-governador e a presidente da comissão do impeachment, deputada Alessandra Campelo, reuniram-se para uma “conversinha” ardilosa, digamos assim, que resultou em “bons frutos”.
Dias depois, a comissão encerra suas atividades com gostinho de “pizza”. Wilson Wilson Lima continuou no governo e o hernano de Alessandra, o engenheiro Marcellus Campelo, vira titular da Secretaria de Saúde, a cobiçada Susam.
De acordo com o delegado federal Henrique Albergaria, o vice-governador, apontado como um dos principais articuladores da fraude dos respiradores superfaturados, agia com grande discernimento e influência na Secretaria de Saúde (Susam).