A CPI da Saúde, instalada no dia 26 de maio deste ano, para investigar os gastos do governo do Estado na área da Saúde, entre os anos de 2011 até 2020, perdeu uma excelente oportunidade de ouvir, de vida voz, denúncias, supostamente praticadas, durante a gestão do ex-governador interino, David Almeida.
O que diria David Almeida aos doutos membros da colenda CPI sobre as denúncias que pesam contra ex-secretários da saúde, nomeados por ele e que, com ele, ficaram até o último dia de seu mandato interino?
Difícil saber.
O certo é que no dia 27 de julho deste ano – O mandato interino de David Almeida começou no dia 9 de maio 2017 e terminou no dia 4 de outubro do mesmo ano -, David Almeida, voluntariamente, se dispôs a depor à CPI, ideia que, de pronto, foi rechaçada com indisfarçável deboche por membros daquela augusta Casa Legislativa.
Hoje, Maria Belém Martins Cavalcante, ex-secretária adjunta da Susam, gestão David Almeida, é denunciada pelo Ministério Público Estadual (MPE) por improbidade administrativa.
Maria Belém, conforme apurou o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), foi denunciada, juntamente com mais cinco pessoas, por desvio de recursos da Susam.
Entre as falcatruas apontadas pelo Gaeco, a ex-secretária de David Almeida usava o cargo para facilitar e agilizar o pagamento indevido – por sobrepreço e por serviço não realizado – à empresa Norte Comercial.
À título de exemplo, o MPE afirma que nove dos 100 procedimentos pagos na gestão David Almeida não foram realizados. Os demais foram cobrados com superfaturados em relação aos valores repassados à empresa subcontratada para o serviço, João Carlos dos Santos e Cia. Ltda.
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