Sob o choque da pandemia, turbulência econômica e tensão racial, a nação está no limite em um grau incomum numa época de eleições.
Os americanos ainda têm memórias frescas dos protestos antirracismo em meados deste ano, alguns deles violentos, após a morte do afro-americano George Floyd por policiais.
Mais de 90 milhões de americanos votaram antecipadamente, pessoalmente ou pelo correio – e esta última modalidade pode complicar a contagem de votos em alguns estados. Portanto, é possível que o vencedor não seja conhecido na noite da eleição e talvez somente dias após a votação, aumentando a incerteza e a tensão.
Mais de 600 lojas no centro de cidades como Washington, Chicago e Nova York cobriram suas vitrines com tapumes de madeira como prevenção contra possíveis tumultos, enquanto grupos armados de apoiadores do presidente americano, Donald Trump, falam em ir aos locais de votação para “monitoramento”.
As vendas de armas crescem no país. De acordo com o jornal The Washington Post, 18 milhões de armas já foram vendidas nos EUA neste ano. Em Michigan, as vendas triplicaram em relação ao ano passado. O estado é um dos chamados swing states, que oscilam entre republicanos e democratas, e onde as eleições costumam ser acirradas. No mês passado, o estado ocupou as manchetes internacionais depois que o FBI desmantelou um complô para sequestrar a chefe de governo local, uma democrata. Fonte/CartaCapital