Acadêmicos de diversas instituições de ensino superior promoveram na manhã deste domingo, 20, um abraço simbólico no Igarapé do Mindu, no trecho que corta o Parque Municipal do Mindu, como forma de marcar as atividades em homenagem ao Dia Mundial da Água, comemorado na próxima terça-feira, 22.
A estimativa é de que pelo menos 350 pessoas tenham participado do evento, que acontece há dois anos na cidade, desde a criação do Movimento Abraço Simbólico aos Igarapés. O objetivo do movimento é sensibilizar a sociedade para a responsabilidade de cada um sobre a conservação dos cursos d’água. Em 2015, o evento ocorreu no Igarapé de Manaus, com 250 participantes.
A ideia deste ano foi a de promover o abraço ao Mindu em dois momentos diferentes: o primeiro no Parque Municipal do Mindu, ocorrido neste domingo, com a finalidade de chamar a atenção para os impactos que o maior igarapé da cidade sofre com os resíduos lançados a montante e que são trazidos pelas chuvas oriundos de várias partes da cidade. E a segunda, nas nascentes situadas na Cidade de Deus, Zona Leste.
Participam do movimento estudantes, professores e pesquisadores da Comissão de Direitos de Águas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AM), Grupo de Estudo dos Direitos das Águas (Geda), do Mestrado em Direito Ambiental da Universidade do Estado do Amazoans (UEA), Programa de Pós-Graduação do Mestrado em Geografia da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Ulbra, Uninorte, Instituto Amazônico de Cidadania (Iaci), Movimento Educar para a Cidadania, Ministério Público Federal Ambiental e Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).
A iniciativa de criação do movimento é do curso de Turismo da UEA. A professora Helen Rita Coutinho, coordenadora do curso de Turismo da Uninorte, explicou que o abraço nada mais é do que uma forma de sensibilizar. “As pessoas costumam visitar os locais, como parques e praças, e só enxergar o que lhes interessam, o que é bonito para elas, enquanto que os problemas são atribuídos sempre aos outros. Com o abraço simbólico, elas passam a se sentir responsáveis e estimuladas a ajudar num processo de mudança”, afirmou.
Os participantes do projeto foram recebidos pelo secretário municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Itamar de Oliveira Mar, que destacou à disposição da Semmas em abrir as portas das unidades de conservação municipais para as instituições de ensino e pesquisa. “É muito importante contar com a parceria dos acadêmicos e pesquisadores, nesse processo de sensibilização e mudança de comportamento da sociedade”, afirmou