Acompanhando exterior negativo, Ibovespa encerra pregão em queda

PODER 360 – O Ibovespa, principal índice da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), operou em baixa no pregão desta 5ª feira (23.mai.2019), aos 93.910 pontos, em queda de 0,48%. Os investidores domésticos acompanharam, no dia, o acirramento da guerra comercial entre Estados Unidos e China, que repercutiu no desempenho das bolsas internacionais.

Em entrevista à rede norte-americana CNBC, o secretário do Tesouro estadunidense, Steve Mnuchin, afirmou que Washington não organiza-se, no momento, para uma nova rodada comercial, em Pequim, com autoridades chinesas. As falas pesaram no desempenho do mercado mundial.

Ainda hoje, o secretário do Estado norte-americano, Mike Pompeo, criticou a gigante tecnológica Huawei. Segundo ele, a empresa não está ligada à China, mas sim ao Partido Comunista chinês.

Em Nova York, os índices Nasdaq (-1,58%), S&P500 (-1,19%), e Dow Jones (-1,11%), que compõem a Bolsa de Valores de Nova York (NYSE, na sigla em inglês), operaram em forte baixa. O sentimento em Wall Street é de que a escalada da tensão comercial entre americanos e chineses deve continuar nos próximos meses.

Entretanto, no fim da tarde, o presidente dos EUA, Donald Trump, confirmou que a cúpula norte-americana reunirá-se com chineses durante o G-20. “É hora de insistirmos em 1 bom acordo“, disse Trump.

Já no continente europeu, Frankfurt (-1,77%), Londres (-1,42%) e Paris (-1,81%) fecharam com expressivas perdas, acompanhando a divulgação do PMI.

Em maio, o índice que estima a atividade industrial da Zona do Euro caiu para 47,7, na prévia de maio. Além disso, o PMI do setor de serviços, na região, recuou para 52,5, frustrando as projeções do mercado financeiro. Os investidores também acompanharam ecos da guerra comercial, pesando no desempenho do mercado acionário.

O mercado europeu também acompanhou, com cautela, a perspectiva de renúncia da 1ª ministra do Reino Unido, Theresa May, em meio ao impasse do Brexit.

MERCADO CORPORATIVO

Em relação às commodities, os contratos futuros para julho do petróleo Tipo Brent  –negociado na bolsa de Londres– fecharam em queda de 4,55%, cotados a US$ 67,76. Já o WTI, referência para o mercado norte-americano, caiu 5,28%, e fechou em US$ 58,18.

Acompanhando o desempenho negativo do petróleo no mercado internacional, os papéis preferenciais da Petrobras tiveram, no dia, recuo de 1,71%, negociados a R$ 25,84.

Já entre as maiores baixas do dia, destaque negativo para os papéis ordinários da Natura. Na véspera, a empresa anunciou a compra da concorrente Avon, em uma operação que envolve troca de ações. No dia, o volume negociado foi de R$ 12,7 bilhões.

O mercado também continuou a monitorar, no Congresso Nacional, a tramitação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Previdência.

CÂMBIO

No dia, o dólar norte-americano encerrou em ligeira alta de 0,17%, cotado a R$ 4,04, acompanhando a conjuntura internacional e o andamento da PEC da Previdência.

Não houve leilão de linha do BC (Banco Central) no mercado, que encerrou tal tipo de intervenção na sessão de negócios da 4ª (22.mai).

O desempenho do real frente à divisa estrangeira foi o melhor na comparação com emergentes. O peso argentino, por exemplo, desvalorizou 0,54%, enquanto o mexicano, 0,38%.

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