Alexandre é novo relator de inquérito sobre interferência de Bolsonaro na PF

Sessao do STF no doa seguinte a denuncia do Joesley Batista (JBS) contra o presidente Michem Temer. Facchin com Alexandre Moraes. Foto: Sérgio Lima/PODER 360

Consultor Jurídico – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, foi sorteado nesta terça-feira (20/10) para ser o relator do inquérito que apura se houve interferência do presidente da República, Jair Bolsonaro, no trabalho da Polícia Federal. Ele vai substituir Celso de Mello, que se aposentou.

O sorteio foi promovido pelo presidente do STF, Luiz Fux, que atendeu a um pedido feito na semana passada pelo ex-juiz e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro, que é investigado nesse mesmo processo. A defesa do ex-ministro desejava ver a substituição ocorrer rapidamente e alegou que não havia a necessidade de esperar pela posse do novo ministro para a realização do sorteio, tese que acabou sendo aceita por Fux.

O escolhido pelo presidente da República para ocupar a vaga de Celso de Mello no Supremo, Kássio Marques, será sabatinado pelo Senado Federal nesta quarta-feira (21/10). Para se tornar ministro do STF, o piauiense terá de ser aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça e, posteriormente, pelo Plenário do Senado.

O sorteio realizado nesta terça repetiu uma situação vivida pelo STF em 2017, quando o ministro Teori Zavascki, que era o relator dos processos da “lava jato”, morreu em um acidente aéreo. Antes que seu substituto, Alexandre de Moraes, chegasse à corte, o ministro Edson Fachin foi sorteado para ficar com a “herança” de Zavascki. Com informações da Agência Brasil e da Agência Senado.

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