As Agências de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf) e do Estado do Pará (Adepará) atuam em parceria contra a febre aftosa, nos municípios que fazem divisa com os dois estados. A ação é para a garantia da vacinação dos 100% de seus respectivos rebanhos.
De acordo com a gerente de defesa animal da Adaf, Joelma Silva, a 2ª etapa da campanha ‘Amazonas Sem Aftosa’ tem sido intensificada na região de Nhamundá (AM) e Faro (PA). ”Queremos garantir os 100% do nosso rebanho vacinado, o controle da vacinação e o trânsito dos animais dos dois estados, usando o suporte técnico de ambas as agências”, comentou.
Em 2016, a Adaf e a Adepará assinaram um termo de cooperação técnica para desenvolver em conjunto ações articuladas para a execução de atividades inerentes à defesa agropecuária em conformidade com o Sistema Unificado de Atenção á Sanidade Agropecuária (Suasa), em áreas divisas do baixo Amazonas com abrangência nos municípios de Nhamundá, Parintins e por parte do Estado do Pará na região dos municípios de Faro, Juruti e Aveiro.
Para a médica veterinária da Adepará, Roberta Fulco, as ações têm ocorrido na troca de informações, conhecimento, recursos humanos, suporte técnico, além de veículos e combustíveis para minimizar os gastos das agências. Fulco explica que, os produtores de Faro, em mais ou menos um mês, migrarão 90% do rebanho para Nhamundá devido o nível de água do rio e, retornarão somente em Janeiro ou Fevereiro. Por isso, é necessária a garantia da vacinação de forma integrada. “Se nós podemos minimizar os gastos, indo em uma lancha com duas equipes, por que eu vou gastar duas lanchas ou dois combustíveis? Todo trabalho que vamos desenvolver nós temos o cuidado de fazer de forma integrada com Adaf de Nhamundá, no sentido de fortalecer a nossa parceria”, comentou.
Amazonas Livre de Febre Aftosa
De acordo com o diretor presidente da Adaf, Hamilton Casara, o Governo do Amazonas, através da Adaf, a Secretaria de Produção Rural (Sepror), o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário Sustentável e Florestal (Idam), a Superintendência Federal de Agricultura do Amazonas (SFA-AM), a Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas (FAEA), associações, sindicatos e os produtores rurais, vem trabalhando para tornar o Estado zona livre de Febre Aftosa com vacinação.
O Estado aguarda finalização da auditoria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Atualmente, os municípios de Guajará, Boca do Acre, o Sul de Lábrea e o Sul Canutama têm esse status. “Está acontecendo um verdadeiro mutirão para alcançarmos o melhor índice vacinal possível, registrado no Estado do Amazonas. Nós estamos num diálogo estreito com o Mapa com expectativa de tornar o Amazonas livre ainda este ano. Estamos trabalhando muito para que isso aconteça”, comentou.
A 2ª etapa de imunização do rebanho amazonense iniciou no dia 15 de julho e encerra no dia, 31 de agosto, em 41 municípios, porém os pecuaristas ainda terão o prazo de quinze dias para notificar a vacinação do rebanho no sistema da Agência.
Esta etapa compreende os municípios: Alvarães, Amaturá, Anamã, Anori, Atalaia do Norte, Autazes, Barreirinha, Benjamin Constant, Beruri, Boa Vista do Ramos, Borba, Caapiranga, Careiro, Careiro da Várzea, Coari, Codajás, Fonte Boa, Iranduba, Itacoatiara, Itapiranga, Japurá, Jutaí, Manacapuru, Manaquiri, Manaus, Maraã, Maués, Nhamundá, Nova Olinda do Norte, Parintins, Rio Preto da Eva, Santo Antônio do Içá, São Paulo de Olivença, São Sebastião do Uatumã, Silves, Tabatinga, Tefé, Tonantins, Uarini, Urucará e Urucurituba.
A vacinação do rebanho é obrigatória e deve ser aplicada em bovinos e bubalinos de todas as idades. O preço médio da dose de vacina oscila entre R$1,80 e R$2,20.
“A vacina deve ser adquirida em casas agropecuárias credenciadas pela Adaf e, nos municípios que não possuem esses estabelecimentos podem ser adquiridas nos escritórios do Idam”, comentou Casara.