Amazonino diz que é “velho mas não é velhaco” e que tirar o remo da mão do caboco foi uma inspiração divina

Amazonino Mendes esteve com Ronaldo Tiradentes no Programa Manhã de Notícias

O ex-governador Amazonino Mendes (Cidadania), candidato ao governo do Amazonas, conversou na manhã desta quarta-feira, 10, com o radialista Ronaldo Tiradentes no Programa Manhã de Notícias, transmitido pela Rádio Tiradentes FM.

Bem-humorado, às vezes galhofeiro, Amazonino teria proporcionado sob a perspectiva do jornalismo vibrante e palpitante entrevista histórica não tivesse ele sofrido desnecessárias interrupções de seu entrevistador.

Provocações sobre sua elevada idade e seu estado de saúde, os castelos adquiridos na Europa, além do castelo (mansão) do Tarumã, a vida nababesca proporcionada pelo crescente enriquecimento, entre outras, foram respondidas, também, com provocações, irreverência, e indignação.

Parafraseando Ulisses Guimarães, por exemplo, o inveterado comedor de tucumã e pupunha, apaixonado por caldeirada de bodó com muita pimenta, Amazonino disparou sem esconder largo sorriso: sou velho mas não sou velhaco”. Sou velho mas não sou réu”.

Como um lutador desorientado que recebe fulminante certeiro no fígado, Ronaldo logo mudou de assunto.

Mas Amazonino estava nos melhores dias e aproveitou as brechas para dar o seu recado.

Sobre os escândalos dos castelos da Europa, promovidos pelo então vereador Mário Frota, o candidato sugeriu a todos a olhar a sua declaração de bens fornecida à Justiça Eleitoral.

Sarcástico completou: “estou doido para ver a declaração os demais candidatos”.

O valor dos bens declarados pelo senador e, também, candidato ao governo, Eduardo Braga, foi de R$ 35 milhões contra R$ 3,5 milhões de Amazonino.

Ser reconhecido nacionalmente como um líder revolucionário que um dia desafiou a ditatura nas escadarias do Colégio Estadual e da vetusta Faculdade de Direito sempre inspirou Amazonino Mendes.

Sonhou em revolucionar o setor primário com a implantação do terceiro ciclo de desenvolvimento; trocar o remo pelo motor de popa; o machado pela a motosserra e o resultado não foi lá tão alvissareiro. Sofreu com a ira implacável dos ambientalistas do mundo e tudo foi por águas abaixo.

Mas o inquietante ímpeto revolucionário continua vivo como lá no início dos ano 1990 quando sonhou revolucionar o Amazonas com a criação de uma indústria de pesca.

Agora, Amazonino planeja – se for eleito governador – transformar Itacoatiara no maior centro produtor de fertilizante do país com o aproveitamento do gás natural de Silves, a silvinita de Autazes, o potássio de Apuí que, segundo ele, é a terceira maior reserva do mundo.

Ainda de certa forma angustiado com o comportamento do candidato Henrique Oliveira no debate da Band, domingo, que o acusou de ineficiente e ultrapassado para governar o Amazonas, o ex-governador disse que nada lhe causa maior prazer espiritual do que as milhares de vidas que ajudou a salvar com a substituição do remo pelo motor de popa.

O motor de popa, segundo ele, encurtou o caminho do ribeirinho para chegar, principalmente, nos hospitais para salvar a vida de um filho, da mulher, ou de um vizinho doente.

Segundo Amazonino Mendes, a sensação do dever cumprido pela construção de mais de 50 hospitais modernos no interior e em Manaus, a UEA, entre outras realizações,  é gratificante, assim como  o prazer  de tirar o remo das mãos do caboco é uma inspiração divina.

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