Amazonino vai a Rio Preto da Eva e reclama dos professores: “eles passaram 8 anos sem pedir aumento e agora querem que eu pague”

O governador Amazonino Mendes continua o mesmo fanfarrão de 30 anos atrás. Um cabotino compulsivo e inveterado que, com sua habitual arrogância e muita conversa fiada – com lorota, digamos assim -, procura eclipsar, toda incompetência, pra lá de provada e comprovada, diante da nobre função de gerir os desígnios do Amazonas.
Não passa de um fracassado. Fracassou com o fajuto projeto da indústria da pesca, que não saiu do plano das péssimas intenções; a “revolução do remo pelo motor de popa” e do “machado pela motosserra” foi um fiasco; e o fantasmagórico “terceiro ciclo de desenvolvimento”? Uma homérica patuscada.
As derrotas políticas são trágicas e o tornam digno de compaixão.
Quis medir forças com os policiais militares, furtando-se a promovê-los e a pagar as datas-base da categoria policial, foi obrigado ao vexame de recuar e engolir toda arrogância e lambança armada com a PGR e comando da PM para mostrar o tamanho do seu poder.
Com os professores da rede estadual de ensino age de igual modo: endurece o jogo com a categoria com exacerbado rancor patológico, arguindo a lei de responsabilidade fiscal como manto de proteção, apesar de furado, esburacado e roto.
“Quem fez a UEA? O Amazonino! Quem fez mais escolas no Amazonas? O Amazonino! Quem pagou o maior piso salarial aos professores? Foi o Amazonino! Então, como eu posso ser contra o professor? Como eu posso ser contra a educação? Eu chamei eles na sede do governo, eu mostrei a lei da responsabilidade fiscal, eu posso ser preso de pagar o que eles pensam que tem direito. Que mente endiabrada está por trás da greve dos professores”?
Foi assim que se manifestou Amazonino no município de Rio Preto da Eva no último final de semana.
Tudo falácia, jogo de palavras, tão somente, apelação urdida para desmerecer ainda mais os professores
Não importa se só agora a categoria resolve arregaçar as mangas e cobrar do governo o que lhe é justo e de direito. Não adianta tripudiar. Tem que pagar ou vai recuar, como recuou para os obstinados policiais militares em greve.
“Quem está enganando com cálculos mirabolantes? Eles passaram OITO ANOS sem pedir aumento e agora querem que eu pague o aumento dos meus antecessores? É justo comigo? Eles tinham direito em outros governos e porque não pediram? Vieram nos afrontar só agora? Em tempo de eleição?
Agora, eu propus que com o aumento da receita nós vamos aumentar o contracheque do professor e de outros funcionários públicos disse Amazonino.”
Estatisticamente, nos 62 municípios do Amazonas existem 15 mil professores, 599 escolas, 435.291 alunos.
“O movimento Educadores na Luta” diz que 98% das escolas em Manaus estão paradas e 90% no interior.
As reivindicações básicas são 35% de reajuste salarial e do vale-alimentação.
Como contraproposta, Amazonino ofereceu, quarta-feira, 14, 57%. Desse total 4,57 a serem pagos imediatamente e os 10% restantes escalonados ao longo do ano. Foi rejeitada.
Outros pontos contidos na pauta de reivindicação são saúde, transporte integral sem o desconto no contracheque, reajuste do auxílio localidade, progressões horizontais e verticais e revisão do Plano de Cargos, Carreira e remuneração. Fonte/FatoAmazonico

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