O Amazonas também tem o seu “prefeito ostentação”. Ele é Anderson Souza, do PROS, um dos mais votados proporcionalmente na eleição do ano passado. Com menos de quatro meses de administração, ele já fez pelo menos duas festas “do arromba” no município, bancando boa parte delas com dinheiro público numa época em que o país ainda procura sair da crise econômica com austeridade. E aproveitou o último feriado com a família e amigos num dos destinos mais caros do mundo: a ilha de Cancún, no Golfo do México.
Anderson queria iniciar a nova gestão “abafando”. No aniversário da cidade, no final de março, programou uma série de inaugurações. Fez obras em todas as escolas municipais e chamou várias atrações nacionais para uma mega festa de três dias, que chamou de “Feira da Piscicultura”.
Não se passaram trinta dias e as “obras” começaram a apresentar problemas. A professora Eliana Santos publicou nas redes sociais uma foto da escola Menino Jesus, recém-reformada, com o telhado coberto por uma lona, já que a obra foi mal feita (foto abaixo). Imediatamente assessores e até o empresário Rogério Nascimento, responsável pelo contrato (emergencial, como todos os outros celebrados até aqui), entraram na postagem para dizer que providenciariam o reparo.
A “Feira da Piscicultura”, que teve direito a camarote vip e até a “canja” do prefeito, mostrou a forma como o “prefeito ostentação” trabalha. Ele avisou que traria atrações nacionais com apoio da iniciativa privada, mas fez uma dispensa de licitação para contratar, por R$ 194.000,00 o cantor sertanejo Léo Magalhães (veja abaixo). Os órgãos de fiscalização já colocaram a lupa para investigar a farra da festa.
Mas a cereja do bolo neste início de gestão do prefeito foi sua estada no resort Krystal Grand, na Ilha de Cancún, no Golfo do México. Ele curtiu o último feriado com uma comitiva nada pequena naquele que é um dos mais caros destinos do mundo. O “flagrante” foi dado pela própria esposa, Soraya Almeida, e pelas filhas, que não se contiveram e postaram as fotos em redes sociais (fotos acima e abaixo).
Os assessores se apressaram em dizer que a viagem estava paga há algum tempo e não foi bancada com dinheiro do salário do prefeito, que é de pouco mais de R$ 12 mil. Os credores da Prefeitura e dele próprio, entretanto, apressaram-se em correr para o município para tentar receber os valores a que têm direito.
Anderson decretou emergência em Rio Preto por conta do estado dos ramais. Vai poder celebrar novos contratos sem licitação.Fonte/Blog o Hiel Levy