Ao lado de Collor, Bolsonaro repete provocação a Renan Calheiros e chama CPI de “crime”

Senador Fernando Collor, presidente Jair Bolsonaro e a primeira dama Michele Bolsonaro durante cerimônia de Posse do senhor Gilson Machado, Ministro de Estado do Turismo

Nesta quinta-feira (13), durante viagem a Alagoas para entrega de unidades habitacionais, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aproveitou para atacar a CPI da Covid e seu relator, o senador Renan Calheiros (MDB-AL). O presidente chamou o senador de “picareta” e “vagabundo”. 

“Sempre tem algum picareta, vagabundo, querendo atrapalhar o trabalho daqueles que produzem. Se Jesus teve um traidor, temos um vagabundo inquirindo pessoas de bem no nosso país. É um crime o que vem acontecendo nessa CPI”, declarou Bolsonaro. 

O presidente continuou: “o recado que eu tenho para esse indivíduo é: se quer fazer show tentando me derrubar, não fará; só Deus me tira daquela cadeira”.

O evento do programa ‘Casa Verde e Amarela’ contou também com a presença de Arthur Lira (PP), presidente da Câmara, do senador Fernando Collor (Pros) e do ministro do Turismo, Gilson Machado. O ministro aproveitou para atacar o PT e reafirmar as ações do presidente Bolsonaro no Nordeste.

“Eles são intolerantes com um homem que é patriota, é ‘incorruptível’ e que tem o verdadeiro apoio do povo brasileiro e do (povo) nordestino. O nordestino gosta é de governo e não do PT”, disse. 

No início da CPI, Renan manda recado a Bolsonaro

As falas foram recebidas pelos apoiadores com gritos de “fora Renan”, “Renan vagabundo”, além de “Lula ladrão” e “nossa bandeira jamais será vermelha”.

Tudo ocorreu enquanto a CPI da Covid recebe o representante da farmacêutica Pfizer para a América Latina. No início da sessão, Renan Calheiros se pronunciou sobre as falas do presidente. 

“Hoje mesmo o Presidente da República foi a Alagoas inaugurar obras estaduais, em uma evidente provocação a esta Comissão Parlamentar de Inquérito. A resposta a essas ofensas é aprofundar a investigação”, afirmou.

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