Após confrontos entre manifestantes e policiais que deixaram sete policiais feridos, lojas saqueadas e prédios incendiados, Larry Hogan, governador do estado de Maryland, Nordeste dos Estados Unidos, decretou hoje (27) estado de emergência e ativou a Guarda Nacional para controlar a crescente onda de violência em meio a protestos por causa da morte do jovem negro Freddie Gray, na cidade de Baltimore, morto há uma semana após ferimentos na coluna cervical, provocados por um policial.
Além do estado de emergência no estado, em Baltimore a prefeita Stephanie Rawlings-Blake anunciou que a cidade terá toque de recolher durante toda a semana entre 22h e 5h a partir de amanhã (28).
A maioria das manifestações que acontecem desde o domingo (19), quando o rapaz foi morto, são pacíficas, mas um grupo atua com vandalismo e violência. Ontem (26), 34 pessoas foram presas por atacarem prédios e queimarem lixo, além de agredirem policiais.
As autoridades da cidade atribuem os atos a gangues criminosas, mas a tensão começou após a morte do jovem, que estava sob custódia policial.
De acordo com o comunicado de Hogan, o presidente Barack Obama conversou com o governador e com a prefeita de Baltimore para avaliar a situação no local. Esta é a segunda onda de protestos iniciada após incidentes entre policiais brancos e jovens negros nos Estados Unidos em pouco mais de um ano.
Em julho do ano passado, em Ferguson (Missouri), Michael Brown, um afro-americano de 18 anos, foi morto pelo policial Darren Wilson. A execução do jovem negro causou protestos violentos e pacíficos, especialmente após o policial ter sido inocentado pelo júri que alegou falta de provas contra o oficial.