Arthur Virgílio Bisneto diz que o Brasil precisa recuperar credibilidade

A falta de espaço do Brasil no Mercosul  e as dificuldades de exportar produtos oriundos da Zona Franca de Manaus foram alguns itens debatidos, por iniciativa do deputado federal Arthur Virgílio Bisneto (PSDB-AM), durante a audiência pública da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara Federal, realizada nesta quarta-feira (12), que discutiu os novos arranjos comerciais firmados em âmbito global e a inserção do Brasil nesse contexto.

Para Bisneto, no governo PT, o país perdeu tempo nas suas relações e não soube buscar parcerias num momento importante para a economia brasileira. “Tivemos um governo que ficou naquela brincadeira de amigo de Cuba, Venezuela e não soube buscar parcerias num momento importante da economia e ficou para trás, tecnologicamente falando”, afirmou.

Bisneto falou da importância da Zona Franca de Manaus para a economia do Estado do Amazonas, das suas dificuldades e também da falta de espaço dentro do próprio Mercosul.

“Eu sou do Estado do Amazonas, com uma indústria relativamente forte, mas que sofre e acabou de perder 25 mil empregos dos 110 que tinha nos últimos meses e que sofre com a falta de espaço dentro do próprio Mercosul. A ZFM é tratada como 3° país, então existe para nós do Estado uma dificuldade para nós passarmos em frente o que nós produzimos. Está havendo uma reforma tributária que vai prejudicar o Estado do Amazonas, mas meu principal foco não é falar do meu Estado, nós temos que falar do nosso Brasil. Este novo governo tem uma visão diferente em relação às buscas e parcerias com outros blocos, outros países”, desabafou.  Para ele, o Mercosul tem que passar a exigir de uma vez por todas o acordo do Pacífico.

Audiência Pública

A audiência foi proposta pelo deputado Pedro Vilela (PSDB/AL), que ressaltou que o Mercosul vem perdendo importância diante dos novos arranjos globais e o Brasil precisa debater uma nova estratégia de reinserção no mercado global.

O debate teve a participação do subsecretário-geral de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Carlos Márcio Bicalho Cozendey; do diretor do Departamento de Negociações Internacionais da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Alexandre Sampaio Lobo; e do diretor de Desenvolvimento Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Eduardo Abijaodi.

 

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