Auditores relataram tratamento ‘grosseiro e rude’ de Gabigol, do Flamengo, com coletores

O atacante Gabigol, do Flamengo, cumpre suspensão de dois anos desde o julgamento que aconteceu no dia 25 de março no Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJD-AD). O placar da suspensão foi de 5 votos a 4, e apesar dos votos divergentes, o tratamento “grosseiro” e “rude” do jogador foram unânimes, segundo informação do site “ge”.

Na ocasião, a votação foi acirrada, e o voto do presidente do TJD-AD, João Antonio de Albuquerque e Souza, foi o último e decidiu a condenação do atacante. O presidente ressaltou que o jogador “não deixou dúvidas sobre uma intenção de impedir a coleta e de afetar ou impossibilitar a análise da amostra” e classificou como a pena como “somatório de quatro condutas de desconformidade”.

O relator do caso foi Daniel Chierighini, que ressaltou que a conduta de Gabigol pode “militar em desfavor dos atletas”, mas segue o voto tratando da “notificação do atleta”. A vice-presidente do tribunal, Selma Fátima Melo Rocha, foi uma das quatro pessoas contra a suspensão do jogador. Ela apontou que os depoimentos dos coletores estavam “repletos de contradições e que tiram toda a credibilidade” da Associação Brasileira de Controle de Dopagem.

Gabigol está mais perto de saber a decisão do pedido do efeito suspensivo de seu caso na Corte Arbitral do Esporte (CAS), em que três árbitros participam do julgamento, que pode acontecer a qualquer momento. As partes serão notificadas do resultado por meio de um comunicado oficial do tribunal.

O que aconteceu?

Os relatos da Justiça Desportiva Antidopagem contam que o jogador teria desrespeitado os agentes e também não teria seguido os procedimentos corretos dos exames. Um deles seria realizar um dos exames após duas horas de repouso de atividades físicas, o que não teria sido cumprido por Gabigol no Flamengo. Outros jogadores fizeram o exame antes do treino.

Gabriel teria ignorado os responsáveis pelo exame antes das atividades e depois ido almoçar, sendo desrespeitoso com os funcionários do órgão. Quando realizou o teste, o jogador não teria respeitado os procedimentos corretos, como tampar o vaso coletor após terminar de usá-lo.

O processo realizado pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) acontece, normalmente, sem aviso prévio. Gabigol estaria irritado por, segundo ele, estar constantemente nas listas para os testes no Flamengo. O caso ocorreu antes da final do Carioca de 2023, contra o Fluminense. O Tricolor venceu a partida por 4 a 1. O camisa 10 foi notificado pela primeira vez sobre a tentativa de fraude no dia 30 de maio.

Com informações de istoé.

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