Não fosse a mobilização do povo de ir à rua e de se insurgiu com veemência contra o preço da passagem de ônibus numa das mais belas lições de civilidade democracia da história recente do Amazonas, a tarifa estaria no ranking das mais caras do país.
O preço baixou, mas continua a tirar o couro do trabalhador que, se não bastasse, é transportado em cacarecos, que não oferecem as mínimas condições de conforto a seu usuário.
E se não bastasse, ainda, os tubarões do transporte coletivo não descontam, como determina a lei, o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), em favor de seus funcionários.
E como só sabem explorar, a dívida com os trabalhadores já ultrapassa a R$ 21 milhões, correspondentes a sete anos de calote.
Resultado: já faz mais de 24 horas que os trabalhadores (motoristas, cobradores e outros) da empresa Global entraram em greve por tempo indeterminado.
Apesar do acordo firmado com o sindicato da categoria em julho, depois de sofrer duas intervenções dos trabalhadores, a empresa se comprometeu a descontar o FGTS devido já a partir de agosto.
Como não descontou, os motoristas suspenderam as suas atividades, comprometendo, infelizmente, o transporte de cerca de 300 mil pessoas da Zona Leste que é a mais populosa da grande Manaus.
Mesmo com o aceno de hoje, de que começaria a pagar normalmente a partir do próximo mês, os grevistas não aceitaram a proposta dos patrões.
O movimento é pacífico e restringe a não liberação de 218 ônibus da garagem da empresa, onde estão concentrados os trabalhadores.
De acordo com a direção do sindicato, existe um indicativo de greve para segunda-feira, 19. O movimento deverá suspender as atividades de todo o sistema.
O movimento de paralisação dos motoristas da empresa Global já se arrasta por 24 horas e até o momento nem uma possibilidade de negociação.
As empresas acenaram que estão disposta a negociar, mas o comando de greve do sindicato continua reclacitrante.
A proposta apresentada pela empresa, ou seja, de começar a pagar FGTS a partir deste mês não é suficiente para uma dívida acumulada em R$ 21 milhões.
De acordo com dirigentes do sindicato negociação, agora, só na Justiça.
O movimento continua pacífico. Até o momento nenhum incidente que precisou usar a força policial que se encontra em peso no pátio e na frente da empresa.