O reality show teve dois momentos extremos na quinta-feira. Durante a madrugada, a Festa Fusion mexeu com os hormônios de vários participantes. Houve bolinação e flagra de ‘traição’.
À noite, Pedro Bial instigou uma discussão (superficial, mas válida) sobre a convivência de crianças com casais homossexuais. Nem parecia ser o mesmo programa. Aos fatos:
Deu a louca em Marcelo? O comportadíssimo príncipe do cavalo branco pirou legal durante a última balada. Parecia o rei da libido.
No chuveiro, o administrador se ofereceu para mostrar o pênis ereto para Vanessa. Uia! Os dois ficaram no maior esfrega esfrega. O brother aproveitou um descuido da loira — ahã, sei— e passou a mão no bumbum dela.
O curitibano não perdeu a excitação nem após ser repreendido por Clara (é patético quando a stripper se faz de puritana) e flagrado por Angela, com quem mantém a tal amizade colorida.
Aliás, esse colorido anda meio desbotado. O combo ‘bebidas + dancinha + sisters provocantes + abstinência sexual de dois meses’ deixou Marcelo completamente crazy.
Estava doido pra fazer o lepo lepo. Pouco depois, em plena ressaca alcoólica e moral, ele disse não se lembrar de quase nada. Tá precisando tomar Memoriol.
Horas mais tarde, antes da Prova do Líder que coroou Valter, Bial provocou uma DR entre Cássio e Diego.
O gaúcho, que tem um irmão homossexual e sempre o defendeu de agressões homofóbicas, se revoltou com a opinião do carioca sobre o beijo gay.
“Homem com homem é nojento. Se ver na balada, eu viro as costas e saio”, declarou Diego. E o publicitário ainda completou: “Não sou preconceituoso, mas não acho normal. Mulher com mulher até vejo, mas homem com homem, acho nojento”.
Surpreendido pelo questionamento de Bial, ao vivo, Cássio optou pela diplomacia: ”Uma das únicas coisas que me incomodam é essa questão de homossexualismo porque tenho um irmão homossexual.
Houve uma conversa aqui e no meu caso eu não gostei nem um pouco, achei um pouco chata. Não que ache que seja preconceito, mas me senti mal, tanto que preferi ficar quieto”. Imediatamente Diego tentou limpar sua barra:
“Falei é que é normal as crianças da escola terem um pai homem e uma mãe mulher e poderia influenciar uma criancinha crescer com duas mães ou dois pais. Poderia interferir no psicológico dela”.
Então o apresentador anunciou, quase poeticamente, ser a favor desse novo formato de família:
“O desejo de adoção é algo precioso e muito raro. Você tem duas pessoas que tem esse desejo, essa criança tem grandes chances de ter uma educação cheia de amor, respeito e cuidado”. Alguns brothers e sisters apoiaram a declaração de Bial.
A direção do BBB14 já deixou escapar várias oportunidades de levantar discussões relevantes. A maioria delas teve como protagonista o próprio Diego. Exemplos: o publicitário confessou usar anabolizantes “pra secar”
o corpo e estimulante sexual para conseguir transar por “45, 50 minutos direto”. Ele ainda contou detalhes dramáticos sobre a dependência em drogas. Essas boas histórias não mereceram destaque no programa.
É provável que a discussão sobre gays e filhos tenha entrado em pauta por um único motivo: quase nada de interessante tem acontecido no confinamento.
Apenas o tráfico habitual de fofoquinhas. Nos últimos dias o reality não teve sexo nem barraco. Isso é um golpe baixo nos editores que selecionam o que mostrar. Aí sobra espaço para inserir um momento sério no meio do festival de futilidades do BBB.