247 – Ao lançar o programa Médicos pelo Brasil, em substituição ao Mais Médicos, Jair Bolsonaro atacou o PT e os profissionais cubanos que atuaram no Brasil no âmbito do programa Mais Médicos, criado pela presidente deposta Dilma Rousseff, ao afirmar que eles tinham como objetivo implantar “núcleos de guerrilha” no Brasil.
“A ideia era formar núcleos de guerrilha do Brasil”, afirmou. Ele também ironizou a qualificação dos profissionais cubanos ao afirmar que eles “não são tão bons assim” por não terem salvado o presidente venezuelano Hugo Chávez de um câncer.
Segundo Bolsonaro, “se os cubanos fossem tão bons assim, teriam salvado a vida de Chávez, não deu certo”, disse Bolsonaro em referência ao ex-presidente da Venezuela Hugo Chávez, que faleceu em 2013 devido a implicações exultantes de um câncer na região pélvica. “Se fossem tão bons assim, (os ex-presidentes) Dilma e Lula (Luiz Inácio Lula da Silva) teriam médicos cubanos no Palácio do Planalto, e não brasileiros”, emendou.
Na cerimônia, Bolsonaro disse que tentou “interferir” na aprovação do Mais Médicos, ainda como deputado federal. Ele contou que, na época, se aproximou dos “verdadeiros profissionais” da área da saúde, em uma referência a representantes de conselhos de medicina brasileiros que estavam presentes.
Bolsonaro também usou de fake news para criticar a suposta “proibição” para que os médicos cubanos não possam trazer seus familiares para o país. “Por anos, mães e pais ficaram afastados dos seus maridos, esposas e dos seus filhos. Uma questão humanitária que foi estuprada pelo PT. Falo isso porque sou pai de cinco filhos”, disse. Apesar da afirmação de Bolsonaro não existe qualquer proibição no programa para que eles trouxessem seus familiares.
Em 2013, contudo, o então deputado federal defendeu a proibição da entrada de familiares dos profissionais cubanos no país alegando que eles seriam agentes estrangeiros.