A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) indeferiu no dia 23 de maio o pedido de renovação de registro da Cohiba, marca de charutos cubanos mais famosa do mundo. Decisão política da Agência determinou que o produto seja recolhido das lojas em 30 dias
247 – Uma decisão totalmente política e ideológica da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), claramente influenciada pelo anticomunismo do governo Jair Bolsonaro, proibiu a venda de charutos cubanos no Brasil da marca mais famosa do mundo.
A Agência indeferiu no dia 23 de maio o pedido de renovação de registro da Cohiba, marca bastante sofisticada e usada para dar de presente a missões diplomáticas instaladas em Havana. A Cohiba foi criada em 1966 para que seus charutos fossem fumados por Fidel Castro e outras lideranças comunistas da ilha e do mundo.
A decisão determina que o produto – uma caixa no Brasil custa R$ 4 mil – seja recolhido das lojas em 30 dias. A empresa entrou com um recurso, no entanto, e por enquanto os produtos continuam nas prateleiras, informa o colunista Lauro Jardim.
O motivo alegado pela Anvisa é de que há um excesso de ácido sórbico no charuto, de acordo com o jornalista. A Emporium, que há duas décadas importa o Cohiba, garante que “não há inclusão de qualquer aditivo, por tratar-se de um produto 100% natural, a folha de tabaco”.
O site Cuba Debate reproduziu a notícia com uma reportagem nesta segunda-feira 1, com base nas informações do Globo.