A seleção brasileira tenta neste domingo contra o Peru consolidar a primeiro colocação no Grupo B da Copa América Centenário, objetivo que, atingido, virá com bônus. Encerrar a chave na liderança representará uma viagem mais curta para o próximo compromisso, pelas quartas de final. Além disso, o Brasil terá um dia a mais para treinar, e descansar, pois o jogo das quartas de final está marcado para sexta-feira. E isso pode fazer a diferença, quando vários atletas da equipe estão em fim de temporada, desgastados da maratona de jogos.
A partida que começa às 21h30 (de Brasília) no Gillette Stadium, em Boston, mostrará um Brasil com escalação diferente da que iniciou os dois jogos anteriores. O zagueiro e capitão Miranda está recuperado de fortes dores musculares e retoma o lugar que vinha sendo ocupado por Marquinhos. O técnico Dunga prefere a experiência em um momento decisivo – e o Peru ainda tem o perigoso centroavante Guerrero.
Com Casemiro suspenso, Walace deverá ser o escolhido para substituí-lo no meio de campo. Dunga não confirmou e teria algumas alternativas, entre elas montar um meio com Elias e Renato Augusto como volantes e Lucas Lima na armação. Em um momento decisivo, porém, tem dado a entender que prefere a segurança. “Um volante marcador dá liberdade para os laterais, mais confiança de passar (subir) e os meias podem se soltar um pouco”, afirmou o gremista.
No ataque, Jonas está perdendo a posição de titular. Dunga ainda cogita dar-lhe a última chance, mas Gabriel tem boas possibilidades de surgir desde o início da partida.
Com 4 pontos no Grupo B e saldo de gols bem melhor do que o Peru (6 a 1), o Brasil está muito perto de assegurar o primeiro lugar. Um simples empate basta, a não ser que o Equador (2 pontos e sem saldo) faça diferença de pelo menos 7 gols sobre o Haiti – ou 6, se brasileiros e peruanos ficarem no 0 a 0. Como o Equador joga antes (às 19h30), o Brasil ainda terá a vantagem de ir a campo sabendo o que precisa, ou pode, fazer.
A primeira colocação na chave vai levar a seleção de Boston a New Jersey nas quartas de final. Uma viagem curta, pois a distância é de 457 quilômetros. O fuso horário é o mesmo. Mas se ficar em segundo, terá de ir a Seattle, distante 4.900 quilômetros e com três horas de fuso em relação ao atual. Sem contar que a equipe de Dunga jogaria na quinta-feira e não na sexta.
Os jogadores seguem o discurso de que o importante é vencer, independentemente dos benefícios extras, mas apesar de não admitirem, estão de olho no caminho menos tortuoso. “Precisamos classificar em primeiro e fazer uma grande Copa até o final”, afirmou o lateral-esquerdo Filipe Luis.Estadão