BRASÍLIA — Após a repercussão de sua declaração ao GLOBO sobre o massacre em um presídio de Manaus, em que afirmou que deveria haver ‘uma chacina por semana’, o secretário nacional de Juventude, Bruno Júlio (PMDB), pediu demissão nesta sexta-feira. Segundo o Planalto, a saída de Júlio do cargo ocorre por pedido do secretário e “já foi aceita” pelo presidente Michel Temer. A decisão será publicada no Diário Oficial da União nos próximos dias. A entrevista de Bruno Júlio foi publicada no blog de Ilimar Franco, no site do GLOBO.
Ao comentar o massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), na capital do Amazonas, Júlio afirmou que ‘tinha era que matar mais’:
— Eu sou meio coxinha sobre isso. Sou filho de polícia, né? Tinha era que matar mais. Tinha que fazer uma chacina por semana — disse Bruno, que é filho do ex-deputado federal Cabo Júlio (PMDB-MG).
Bruno foi nomeado secretário da Juventude pelo presidente Michel Temer em junho. A pasta é subordinada à Secretaria de Governo da Presidência da República.
— Isso que me deixa triste. Olha a repercussão que esse negócio que o presídio teve e ninguém está se importando com as meninas que foram mortas em Campinas (12 pessoas foram mortas pelo ex-marido de uma delas, no réveillon). Elas, que não têm nada a ver com nada, que se explodam. Os santinhos que estavam lá dentro, que estupraram e mataram: coitadinhos, oh, meu Deus, não fizeram nada! Para, gente! Esse politicamente correto que está virando o Brasil está ficando muito chato. Obviamente que tem de investigar…
Fonte: O Globo