Câncer do colo uterino exige maior volume de recursos no tratamento

Doença prevenível

Vacinação é feita nas escolas públicas da capital e do interior. A primeira fase segue até o dia 13 deste mês. Para a imunização, meninas com idade entre 11 e 13 anos devem ter a autorização dos pais ou responsáveis

O câncer de colo uterino,segundo estudo da Secretaria de Saúde do Amazonas (Susam), foi o tipo da doença que exigiu maior volume de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS), no Amazonas em 2012 entre os 97 tipos de neoplasias malignas catalogadas na Classificação Internacional das Doenças (CID).

Dos R$ 20,5 milhões produzidos pela Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), órgão vinculado à Susam pelo menos R$ 2 milhões foram para procedimentos realizados no tratamento da doença na instituição.

Deste total, 60% (R$ 1,2 milhão) foram destinados à Radioterapia e à Quimioterapia, dois dos principais tratamentos oferecidos pela instituição, que é referência no tratamento do câncer na Amazônia Ocidental.

O câncer de colo uterino, conforme destacou o secretário de Saúde, Wilson Alecrim, é o único 100% prevenível.

Ele explica que a doença vem sendo combatida com medidas preventivas, como a vacina contra o HPV (Papilomavirus humano) – vírus responsável por mais de 90% dos casos da doença no mundo -, fornecida gratuitamente pelo governo do Amazonas, estado pioneiro neste tipo de ação.

A vacinação está sendo feita nas escolas públicas da capital e do interior. A primeira fase segue até o dia 13 deste mês. Para a imunização, meninas com idade entre 11 e 13 anos devem ter a autorização dos pais ou responsáveis.

A vacina é dividida em três doses – as outras duas serão fornecidas também de forma gratuita, conforme cronograma da Secretaria de Estado da Saúde (Susam).

De acordo com o diretor-presidente da FCecon, Edson de Oliveira Andrade, entre os objetivos da campanha de vacinação contra o HPV está a erradicação do câncer de colo de útero, medida que em longo prazo reduzirá não só as mortes pela doença, mas também os gastos com o tratamento, uma vez que cada paciente com câncer de colo uterino custa, em média, R$ 10 mil ao ano aos cofres públicos.

“Mas o que mais preocupa é o sofrimento que a doença causa à paciente quando é descoberta já no estágio avançado. Por isso, orientamos que, além da vacina contra o HPV, as mulheres procurem realizar o preventivo (Papanicolau), anualmente, após o início da vida sexual, para evitar que lesões detectáveis com o exame evoluam para um câncer”, esclarece.

De acordo com Andrade, procedimentos de alta complexidade, como as cirurgias de colo uterino realizadas na FCecon, chegam a custar até R$8 mil, em alguns casos.

Já em outros, quando a doença é identificada na fase ainda inicial, o calor cai para R$ 900. “Uma paciente de colo uterino pode fazer, ainda, um tratamento associado, com radioterapia ou quimioterapia”, ressalta. Cada sessão de quimioterapia custa, em média, nestes casos, R$ 571 e de radioterapia, R$ 1 mil.

Valores

A produção apresentada ao SUS representa a assistência ambulatorial e hospitalar. Além do valor repassado pelo SUS, o governo do Estado repassa a maior parte do recurso para o funcionamento da instituição.

Exemplo disso é que, em 2012, além do recurso federal, o governo estadual, a partir da Susam (Fundo Estadual de Saúde – FES), repassou à FCecon R$ 40,3 milhões.

 

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