Nilfran Gomes Prado, 38 anos e Maria Francisca de Abreu Prado, 36 anos, foram presos, sexta-feira, 05, na Rua Barreirinha, bairro Parque Dez de Novembro, Zona Centro-Sul de Manaus, por força de mandado de prisão por prática de estelionato e associação criminosa.
Os mandados de prisão temporária, com prazo de cinco dias, em nome dos infratores, foram expedidos na última quarta-feira, dia 3, pelo juiz Henrique Veiga Lima, titular da 9ª Vara Criminal.
De acordo com o delegado Aldeney Goes, Nilfran e Maria Francisca fazem parte de um bando, formado por quatro pessoas, duas delas ainda não identificadas pela polícia, investigado por aplicar golpes com cartões de crédito clonados em estabelecimentos comerciais no Centro da cidade. As investigações apontaram que o grupo aplicou golpes em duas lojas de confecções, causando prejuízo em torno de R$ 12 mil em mercadorias.
Ao longo da coletiva de imprensa o delegado explicou como o grupo agia. “Uma mulher, que até o momento não foi identificada, entrava nos estabelecimentos e dizia que era representante de uma empresária que tinha lojas em Parintins, para em seguida trocar contato.
Após isso, Maria Francisca fazia o contato com o lojista para realizar compras em atacado, usando cartões de créditos clonados e documentos falsos. Nilfran comparecia ao local para buscar as mercadorias e se identificava como “Maia”. A identidade usada para aplicar os golpes tinha a fotografia de Maria Francisca, mas os dados pessoais eram falsos”, disse.
O delegado destacou que o casal era dono de uma empresa registrada e que trabalhavam com venda de suprimentos para informática e impressoras. “Após a falência da empresa, eles decidiram entrar para o mundo do crime. Maria Francis e Nilfran argumentaram que uma pessoa chamada “Noronha” fornecia os documentos e cartões de créditos clonados”, explicou.
Goes afirmou ainda que “Noronha” é a quarta pessoa do bando, que fornecia as informações necessárias para o casal cometer os delitos.
“A função de Nilfran, Maria Francisca e da outra mulher, que ainda foi identificada, era procurar lojas para aplicar os golpes, manter o primeiro contato, escolher as primeiras peças e depois remeter as peças, compradas com o cartão clonado, para outra cidade, onde está “Noronha”. Agora iremos continuar as investigações para identificar e prender os outros dois comparsas do casal”, assegurou.
Nilfran e Maria Francisca foram indiciados por estelionatos e associação criminosa. O delegado informou que irá solicitar junto à Justiça a conversão da prisão temporária dos infratores para prisão preventiva. O casal segue preso na carceragem do 24° DIP, à disposição da autoridade policial.