Catadores de excremento chegam a 1,3 milhão na Índia

A Índia conta com cerca de 1,3 milhão de pessoas que trabalham como catadores de excremento, pertencentes à “casta dos intocáveis” ou dalits. Dentro dessa comunidade, 98% são mulheres, que ganham cerca de 76 centavos de real por dia e um pão para fazer esse serviço.

Estima-se que cerca de 600 milhões de indianos façam suas necessidades no mato – o que é apontado como causa de estupros, pois as mulheres ficaram à mercê quando saem de suas casas. Outras 15 milhões usam “latrinas secas”, ou seja, buracos no chão utilizados por todos os membros da família, que são limpos justamente pelos catadores.

Apesar de o governo indiano ter aprovado duas leis que proíbem esse tipo de função, ela ainda é muito presente, principalmente no sistema ferroviário. Cada um dos 178 mil vagões de trens conta com quatro banheiros, que não dispõem de nenhum tipo de tratamento. Assim, quando os passageiros fazem suas necessidades, os dejetos caem sobre os trilhos.

Um projeto do governo dá 10 mil rúpias (cerca de R$ 380) para as famílias construírem privadas com fossa. Desde 2013, foram erguidas 6 milhões de unidades, mas ainda resta um problema: o futuro dos catadores. Por terem feito esse tipo de serviço, ninguém se dispõe a empregar essas pessoas, que são consideradas “poluídas”.

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