Para o presidente da Força, Miguel Torres, o aumento tem efeito perverso sobre os trabalhadores e significa um bloqueio no crescimento econômico do Brasil. “Avaliamos que o ‘custo social e econômico’ do uso da Selic no controle da inflação tem se revelado ineficiente e com um custo social muito alto para o país”, afirmou.
“Infelizmente, os dados da economia são pouco animadores. E a postura conservadora, por parte do governo, vem minando qualquer esperança de sua recuperação ainda para este ano”, acrescentou Torres.
A Contraf-CUT acredita que o aumento vai aprofundar a crise atual. “Mais um aumento na taxa Selic. Mais recursos da sociedade serão transferidos para os rentistas, principalmente os bancos. Mais crédito será negado à sociedade e mais recursos serão desviados para títulos e valores mobiliários”, disse o presidente da entidade, Roberto von der Osten.
Para a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o aumento da Selic “de um lado encarece o crédito e, consequentemente, enfraquece ainda mais a demanda de consumidores e empresas, dificultando assim novas elevações de preços. De outro, ele tem um papel importante no controle das expectativas inflacionárias”.