Ciro Gomes diz que irá ao STF contra MP de Bolsonaro que deixa trabalhador sem salário por quatro meses

PE - CIRO GOMES/SEMINÁRIO/RECIFE - POLÍTICA - O ex-governador do Ceará e ex-ministro, Ciro Gomes (PDT), participa de seminário político no Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), na Cidade Universitária, Zona Oeste do Recife, neste sábado (10). 10/06/2017 - Foto: CHICO PEIXOTO/LEIAJÁIMAGENS/ESTADÃO CONTEÚDO

247 – O ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE) afirmou que entrará com uma ação no Supremo Tribunal Federal contra a Medida Provisória de Jair Bolsonaro autorizando empresas a suspender o contrato de trabalho com funcionários por até quatro meses por causa dos casos de coronavírus no Brasil. “Uma das coisas mais aberrantes, selvagens, estúpidas sob o ponto de vista técnico, econômico e, mais do que tudo, social. É ilegal, confronta a Constituição Federal”, afirmou o ex-presidenciável em vídeo publicado no Twitter.

Segundo o ex-governador do Ceará, o governo Bolsonaro “está criando um barril de pólvora”. “O povo que precisa ficar em casa tem de ser apoiado economicamente porque as pessoas têm contas para pagar, têm que comer, têm que comprar remédios, têm que comprar álcool, máscaras, e isso só pode ser feito se o governo criar um programa de renda mínima de cidadania”, complementou.

O ex-ministro disse que “vamos ter na iminência desta crise sanitária uma explosão social provocada pela fome, pela miséria em massa, porque é muito irresponsável o que o governo está fazendo”. “Vamos imediatamente entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal, para impedir que esta loucura técnica seja consumada em nosso País”, continuou.

De acordo com Ciro, a crise do coronavírus “atingirá violentamente os padrões sanitários”. “O Brasil não tem sequer equipamentos necessários de proteção dos profissionais de saúde”, disse.

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