O novo prefeito de Manaus consagrado nas urnas é polêmico Davi Almeida acusado pelo deputado Ricardo Nicolau, ex-candidato a prefeito, de superfaturar cirurgias e exames durante o seu breve governo interino de quatro meses.
Coincidência ou não, o governador Wilson Lima, também, é acusado de superfaturar respiradores adquiridos para o tratamento de pacientes vítima do novo coronavírus.
Davi Almeida conquistou o prefeitura de Manaus com 51,27% , contra 48,73% do perdedor Amazonino Mendes, sem contar os mais de 122 mil votos nulos e brancos que fariam a diferença se tantos eleitores não tivessem declinado do voto.
Uma vitória retumbante? Nada disso.
Na verdade um resultado pífio – 52 x 49 que mais exalta o perdedor que nem campanha fez – que obrigara Davi Almeida – e seus sequazes, também – a refletir que não venceu, ungido nas urnas, por expressiva parcela da população.
O novo prefeito poderá comer o pão que o diabo amassou durante os próximos quatro anos se ignorar que quase 49% do eleitorado manauara apostaram nas propostas de seu adversário.
Os 443.747 eleitores de Amazonino Mendes, com total direito a se sentirem “quase vencedores”, não perdoarão o “vencedor” Davi Almeida, eleito com 466.970 – a diferença foi de 23.223 -, se não fizer uma excelente administração.
Um outro grande problema é escapar da foice anticorrupção que tentará capar o amiguinho lá dos lados da Compensa, o “novo”, isso mesmo, o Wilson Lima, alvo da Polícia Federal durante a Operação Sangria, que apura corrupção na saúde.
Ou seja: ou o Davi sem Golias vinga como prefeito ou vai pras cucuias.
E, talvez, em 2024 Amazonino Mendes, com 85 primaveras, volte pra mostrar ao povo como é que um velho (ou seria “raposa velha”) governa.