O comitê anticorrupção da Arábia Saudita, criado neste sábado (4) pelo rei Salman bin Abdul Aziz, decretou a prisão de 11 príncipes, quatro ministros e vários ex-ministros, segundo a emissora Al Arabiya. A informação é da Agência EFE.
Comandado pelo príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, o órgão tem como objetivo investigar casos de corrupção que foram detectados no país. O comitê tem autorização para prender, proibir de viajar, congelar contas e tomar outras medidas preventivas contra investigados, antes que os processos cheguem à Justiça.
O comitê reabriu a investigação de dois casos de corrupção relacionados com inundações ocorridas na cidade de Jidá, em 2009, e com o surto de coronavírus, que matou 500 pessoas entre 2012 e 2015.
Ao anunciar a criação do comitê, o rei Salman também informou sobre mudanças no governo e na cúpula militar. Deixaram o governo o responsável pela Guarda Nacional, o comandante da Marinha e o ministro de Economia. No entanto, ainda não se sabe se as demissões dos três têm relação com casos de corrupção.
O príncipe Mobeib bin Adulah, até então no comando da Guarda Nacional, será substituído pelo também príncipe Khaled bin Ayaf. O ministro de Economia e Planejamento, Adel al Faqieh, deixa o cargo para a entrada de Mohammed al Tuwaiyri. Já a Marinha, comandada até então pelo almirante Abdulah bin Sultan bin Mohammed al Sultan, passa a ser liderada pelo vice-almirante Fahd bin Abdulah ao Gifaili.