Confronto entre PM e professores no PR deixa cerca de 200 feridos

Um confronto entre a Polícia Militar e professores em Curitiba na tarde desta quarta-feira, 29, deixou 180 pessoas (a maioria professores) feridas, segundo o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Quinze delas permanecem hospitalizadas, com ferimentos graves. A prefeitura de Curitiba fala em 200 feridos no total. Os ativistas estavam nas proximidades da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) para acompanhar votação do projeto que autoriza o governo estadual a mexer no fundo de previdência dos servidores do Estado.

Policemen clash with teachers during a protest in Curitiba in Parana state April 29, 2015. According to local media, more than 100 people are reported injured as police used tear gas and rubber bullets to break up protests led by teachers who are demanding for better pay in the southern Brazilian state of Parana. REUTERS/Paulo Lisboa
Policemen clash with teachers during a protest in Curitiba in Parana state April 29, 2015. According to local media, more than 100 people are reported injured as police used tear gas and rubber bullets to break up protests led by teachers who are demanding for better pay in the southern Brazilian state of Parana. REUTERS/Paulo Lisboa

A Tropa de Choque fazia um cerco ao prédio Alep, quando o conflito começou e os manifestantes foram agredidos. Um dos líderes sindicais ligado aos professores disse que o projeto seria votado, independentemente dos protestos contrários e, então, a PM teria avançado em direção aos manifestantes. Tiros de bala de borracha e bombas de gás lacrimogêneo foram lançados. Lideranças que estavam sobre um caminhão, no Centro Cívico, passaram a pedir ambulâncias para cuidar das pessoas feridas.

A PM informou que 17 policiais foram presos por se recusarem  a participar do cerco aos  professores. A Alep alegava ter recebido uma liminar da Justiça que garantia o veto a entrada de pessoas  para acompanhar a votação.

Um professor identificado como Davi disse que levou três tiros de bala de borracha e outras pessoas, segundo ele, chegaram a levar até seis de tiros. Os feridos foram levados para o subsolo do prédio da Prefeitura de Curitiba, que foi transformado em uma espécie de “ambulatório”.

Entre os feridos estão também o cinegrafista Rafael Passos da CATVE, que foi atingido por uma bala de borracha, e um cinegrafista da Band, atacado por cachorros dos policiais. O comando da polícia informou que 20 soldados se feriram e dez pessoas foram detidas, sendo sete líderes sindicais ligados aos professores.

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