Contrato assinado pelo governo revela que café de Amazonino vai custar R$ 107,9 mil por mês

O cara que é acusado de comprar votos para garantir a aprovação do projeto de reeleição do presidente da República, que é notícia nacional por ter comprado castelo na Europa de Aryton Senna, que aparece como dono do iate “Amazônia”, que constrói o seu próprio castelo no Tarumã e, depois, o muro da “vergonha”, que patrocina campeonato de “peladas” por R$ 1 milhão, que no “meio da noite” renova contrato para serviço de bufê.

Esse cara, Roberto, é Amazonino Armando Mendes, 78 anos, Robertão, ou simplesmente “Caboco” ou então Nº 1, como gosta de ser chamado para ter o ego refrigerado.

O contrato Nº 001/2015 – Casa Civil, pelo prazo de um ano, assinado no dia 19 de janeiro deste ano por um monte de secretários, entre eles, Maria Lenise Mafra Negreiros,  por R$ 1,2 milhão, vai garantir café da melhor qualidade para o governador e seu séquito até o final da atual gestão.

E que café. Pelo tamanho do preço a ser pago é de da inveja a perdulária Marie Antoinette Josèphe Jeanne de Habsbourg-Lorraine, guilhotina em 16 de outubro de 1793 não só pela sua gula, digamos assim, mas por outros motivos que podem ser encontrados nos livros de história.

Para se ter uma ideia do tamanho da indisfarçável opulência – falta de pudor, cinismo? – governamental, patrocinada com o dinheiro arrancado dos bolsos do pobre e espoliado caboclo amazonense, o café de Amazonino vai custar nada menos do que R$ 107,9 mil por mês – mais de 100 vezes o valor do salário mínimo.

De acordo com a ortodoxia cristã, Amazonino está enquadrado nos pecados capitais da avareza, da soberba e da gula. Neste caso não tem saída: o caminho é as profundezas do inferno tão bem descritas por Dante Alighieri em sua La Divina Commedia (A Divina Comédia).

É difícil acreditar que num estado com tantas milhares e milhares de criaturas sem nada ter à mesa para comer Amazonino e convivas se atolam em mordomias e com o dinheiro do povo se empanzinam até o limite da gula com pomposo café de mais de R$ 3,5 mil por dia.

A renovação do contrato beneficia  Sídia Holanda dos Reis Dantas de Góes e José Dantas de Góes Filho, donos da a empresa JBV Serviço de Bufe LTDA.

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