José Adônis Callou de Araújo Sá, coordenador da Operação Lava Jato na Procuradoria-Geral da República (PGR), entregou o cargo nesta quinta-feira (23). Segundo ele, o chefe da PGR, Augusto Aras, não cumpre com a promessa de que garantiria a autonomia do agora ex-coordenador.
Segundo reportagem de Aguirre Talento, do Jornal O Globo, Aras estava interferindo na atuação do grupo de trabalho da Lava Jato e atrasando processos. Contrariando o prometido a Adônis, o PGR não deixava passar nenhum documento sem sua vista.
Relatos apontam que investigações que já deveriam ter sido abertas estão emperradas devido à necessidade de um aval de Aras. O PGR ainda causou irritação em lavajatistas ao determinar a diminuição no número de assessores. Após críticas, ele recuou e prorrogou prazo para os cortes.
A assessoria da PGR não comentou sobre a saída de Adônis porque o pedido ainda não foi feito de forma oficial. Ele estava na função desde outubro de 2019.