Corinthians pede mais tempo para pagar o Itaquerão

Com dificuldades financeiras, o Corinthians estuda novo pedido de renegociação da dívida de R$ 400 milhões contraída com o BNDES para a construção do Itaquerão. O objetivo é conseguir mais tempo para efetuar o pagamento e parcelas com valores menores. Hoje, o prazo máximo para o clube quitar a dívida é de 180 meses, com prestações de R$ 5,5 milhões. O assunto entrou em discussão no Parque São Jorge depois de o presidente interino Michel Temer anunciar que vai ampliar o socorro aos Estados e renegociar dívidas de governadores que pediram dinheiro emprestado ao BNDES para obras dos estádios da Copa de 2014. O Corinthians fala agora em “isonomia” e exige que o clube também seja beneficiado.

“Se houver alguma facilidade para os Estados em relação os estádios, nós teríamos de ter beneficiados da mesma forma”, disse ao Estado o diretor de Finanças do Corinthians, Emerson Piovezan.

As equipes econômica e jurídica do Governo Federal estão montando uma oferta aos Estados de renegociação de dívidas feitas com o BNDES para a construção de estádios da Copa do Mundo. Os estudos estão avançados e, segundo Temer, falta apenas derrubar os “impedimento jurídicos” para viabilizar a negociação. A expectativa é que os termos do novo acordo sejam anunciados já nos próximos dias. Dos 12 estádios da Copa do Mundo, apenas o Mané Garrincha não utilizou nenhum recurso do BNDES. Ao todo, o banco distribuiu R$ 3,8 bilhões para a construção de 11 estádios, com juros diferenciados em relação às taxas praticadas no mercado.

Desde o ano passado, o Corinthians pede à Caixa Econômica Federal, agente repassador dos recursos do BNDES, um período de carência de mais 17 meses para os pagamentos do empréstimo. Agora, o clube vê a oportunidade de aproveitar a renegociação dos Estados para, além de adiar as parcelas, diminuir o valor das mensalidades. “Se for alongamento da dívida, com pagamento de valores menores, nos ajudaria bastante”, planeja Piovezan.

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