Os médicos com contratos de trabalho com o município, estado e união – aqueles que atendem os sofridos e humilhados usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) na rede de atenção básica, nas unidades de urgência e emergência e nos hospitais de referência (Hemoam, Cecon, Tropical e Francisca Mendes) – entram em greve a partir desta segunda-feira, 19, por tempo indeterminado.
E por que entram em greve para sacrificar mais ainda o usuário que resiste heroicamente madrugada a dentro nas portas dos centros de saúde e muitas vezes até dormem no relento na expectativa de uma consulta?
Entre tantos os motivos alegados pela categoria, através de suas lideranças sindicais, a falta de estrutura – e não de médico – encabeça uma lista kilométrica (com k mesmo) de reivindicações.
E isso não é nenhuma novidade desde que aqueles que defendem o caos não só na saúde, mas em todos os setores estratégicos, com falácias, não venham com a velha cantilena de dizer que a crise é nacional.
A situação da saúde no Amazonas é verdadeiramente desesperadora, infelizmente.
No hospital Adriano Jorge é um Deus nos acuda para tudo. No 28 de Agosto não tem cardiologista. Neurologista? nem pensar. O Cecom…dispensa comentário. Enfim…
Amazonino Mendes, Eduardo Braga, Gilberto Mestrinho, Régis (prefeito de Manacapuru) e um montão próceres, todos eles procuraram e procuam outros centros de saúde fora do estado para cuidar de seus problemas de saúde.
Ah! o Pronto Socorro João Lúcio, referência em tratamento de politraumatizados, também, agoniza única e exclusivamente, por falta de estrutura, como alegam os profissionais da saúde.
Com seus equipamentos não raras vezes danificados, ao PS João Lúcio só resta pedir socorro do PS Platão Araújo, no momento do sufoco.
Desde a sua inauguração – isso -e fato comprovável – os corredores do João Lúcio continua com os seus corredores entupidos de pacientes e de acompanhantes jogados ao chão.
Por que? Dolorosa Interrogação.