Na manhã desta segunda-feira, 16 de setembro, o vereador Lissandro Breval (Progressistas) anunciou que já obteve as 14 assinaturas necessárias para a instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Terceirização da Corrupção. A proposta tem como objetivo investigar supostos pagamentos irregulares feitos por empresas contratadas pela Prefeitura de Manaus a parentes do atual prefeito.
Segundo Breval, o documento já foi protocolado e seguirá para análise da Procuradoria da Câmara Municipal de Manaus. Em seguida, caberá à presidência da Casa decidir pela abertura da investigação. O vereador afirmou que as denúncias, veiculadas em portais de notícias nacionais, indicam a utilização da máquina pública para enriquecimento ilícito e favorecimento de familiares do prefeito, o que demanda uma resposta imediata.
“Essa rede de corrupção instalada na Prefeitura de Manaus, que desvia dinheiro público para beneficiar o prefeito e sua família, precisa ser investigada. A Câmara tem que agir e cumprir seu papel”, afirmou Breval. Ele reforçou que pretende seguir firme com a proposta da CPI, considerando a gravidade das denúncias.
Os vereadores que apoiaram a abertura da CPI incluem Caio André de Oliveira, Diego Afonso, Dr. Daniel Vasconcelos, Elissandro Bessa, Éverton Assis, Capitão Carpê, João Carlos Mello, Marcelo Serafim, Márcio Tavares, Professora Jacqueline, Rodrigo Guedes, Thaysa Lippy e William Alemão.
Objetos da CPI
A CPI proposta por Lissandro Breval tem como foco três pontos principais:
- Pagamentos à Sra. Lidiane Oliveira Fontenelle, sogra do prefeito, realizados por empresas que possuem contratos milionários com a Prefeitura de Manaus, como a Construtora Rio Piorini Ltda.
- Contratações de Izabelle Fontenelle de Queiroz, noiva do prefeito, e sua empresa, Skyline Produções Ltda., que recebeu recursos municipais através de contratos diretos e subcontratações com empresas como Ouro Preto Serviços de Conservação e The Set Filmes LTDA.
- Favorecimento ao genro do prefeito, Gabriel Alexandre da Silva, por meio de contratos suspeitos com a empresa Eleven da Amazônia Ltda., administrada por seu primo Edgard Lima Cordeiro.
A investigação pretende esclarecer se houve uso indevido de recursos públicos para benefício pessoal, reforçando a necessidade de transparência e responsabilidade na gestão pública.
A CPI segue agora para análise e decisão final da presidência da Câmara.